Espera-se uma queda de até 50% no primeiro trimestre de 2020, considerando que várias lojas estão encerradas há já algum tempo. Para piorar a situação, a produção também está a sofrer com os danos colaterais da crise coronavírus.
As vendas de smartphones na China são uma das vítimas menos óbvias do coronavírus. Espera-se uma queda de até 50% no primeiro trimestre de 2020, considerando que várias lojas estão encerradas há já algum tempo. Para piorar a situação, a produção também está a sofrer com os danos colaterais da crise coronavírus.
O surto de vírus já matou mais de 1000 vidas e perturbou a indústria de produção da China. A Huawei e outros fabricantes chineses de smartphones estavam preparar-se para massificar a rede 5G lançada este ano numa tentativa de ajudar a dinamizar o maior mercado mundial de smartphones após um longo período de queda nas vendas.
Na semana passada, numa nota, a empresa de análise Canalys disse: “O lançamento planeado de produtos dos fornecedores será cancelado ou atrasado, uma vez que neste momento não são permitidos grandes eventos públicos na China.” A nota indica que os fornecedores precisarão de mais tempo para ajustar os calendários para o lançamento dos seus produtos na China, o que provavelmente prejudicará as expansão do 5G.
Enquanto a Canalys prevê que as remessas de smartphones da China caiam 50% no primeiro trimestre em relação ao ano passado, a IDC (International Data Corporation), por outro lado, espera uma queda de 30%. Para quem não sabe, a IDC é uma empresa de análisede mercado que monitoriza o setor de tecnologia.
Na semana passada, a Apple anunciou o plano de alargar a suspensão das suas lojas na China e salienta que ainda não decidiu quando será retomada a atividade, já que a Foxconn, que monta iPhones, está a lutar para retomar o trabalho nas suas fábricas. Embora a Foxconn tenha recebido o selo de aprovação do governo para reiniciar a produção numa fábrica localizada em Zhengzhou, a fábrica mais importante em Shenzhen ainda está fechada.
Sem fornecer mais detalhes, a Huawei, que é a maior fornecedora de smartphones da China, salienta que a capacidade de fabrico da empresa está “a funcionar normalmente”. Assim como o restante das empresas locais, a Huawei também conta com fabricantes externos quando falamos de produção.
Segundo analistas, as fábricas devem retomar a produção na sua capacidade total sem demora, pois isso pode prejudicar a capacidade das marcas de disponibilizar os seus produtos mais recentes no mercado. Alinhados com esta estratégia, as populares marcas Android da China, onde se incluem Xiaomi, Huawei e Oppo têm previsto apresentar os seus principais dispositivos no primeiro trimestre de 2020.
Apesar do vírus que afeta as operações em algumas fábricas locais, a Oppo disse à Reuters que “a capacidade de produção pode ser garantida de maneira eficaz”, uma vez que possui fábricas localizadas no exterior. A Xiaomi; no entanto, absteve-se de responder aos pedidos de comentário.
O analista da IDC, Will Wong, disse: “Os atrasos na reabertura de fábricas e o tempo de regresso da mão-de-obra não afetarão apenas as remessas para as lojas, mas também os tempos de lançamento do produto a médio e longo prazo”.
Na segunda-feira, a empresa análise de mercado TrendForce revelou que a produção de smartphones em escala global cairá 12% no trimestre de março, o que se traduz em 275 milhões de unidades. A Trend Force reajustou a produção do iPhone em 10% para 41 milhões de unidades, a previsão de produção da Huawei foi revista em 15% para 42,5 milhões de unidades.
O maior fabricante de smartphones do mundo, Samsung será provavelmente o menos afetado pelo surto de coronavírus, já que a principal fábrica de produção está sediada no Vietname. a informação prevê que a Samsung poderá reduzir a sua produção em apenas 3%, para 71,5 milhões de telefones.
(Fonte)
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