Huawei leva duro golpe. TSMC não fabricará mais processadores Kirin

É compreensível que se estejam a perguntar como uma decisão americana poderia envolver uma empresa que não está sob a jurisdição dos Estados Unidos.

A Huawei acaba de perder um novo parceiro importante. Após os serviços do Google, o fabricante não poderá mais ter os seus processadores Kirin fabricados pela empresa taiwanesa TSMC, líder mundial que fornece a maioria dos Chipsets encontrados no coração dos smartphones da Huawei.

Huawei

Os Estados Unidos estão determinados em sufocar completamente a Huawei que já está a lutar há um ano para sobreviver à série de sanções decretadas pelo governo Trump. Os smartphones mais recentes da fabricante chinesa, como Huawei P40 e P40 Pro não trazem de origem os serviços do Google, essenciais para muito dos utilizadores do Android. Ainda que nós já tenhamos conseguido contornar a questão.

O novo ataque  dos EUA foca-se no nível do hardware que vai complicar a posição da Huawei no mercado de smartphones. Uma nova sanção americana impede que a Huawei tenha os seus Chipsets fabricados pela TSMC, uma empresa de referência no campo dos semicondutores.

O jornal de negócios Nikkei afirma que a empresa não pode aceitar pedidos da Huawei. A TSMC foi forçada a fazê-lo por uma medida do governo Trump promulgada no fim de semana passado. Este último adotou novas restrições à exportação de tecnologias americanas que forçaram a TSMC de Taiwan a deixar de cooperar com a Huawei.

Como pode o governo dos EUA dar ordens a uma empresa de Taiwan?

É compreensível que se estejam a perguntar como uma decisão americana poderia envolver uma empresa que não está sob a jurisdição dos Estados Unidos. Mas o facto é que a TSMC é muito dependente das tecnologias americanas encontradas em diferentes níveis da sua cadeia produtiva. A TSMC está, portanto, forçada a cumprir as novas medidas para continuar a beneficiar dessas tecnologias. A sobrevivência das suas atividades depende disso.

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Em qualquer caso, a TSMC será gravemente afetada por essa decisão, pois a Huawei é o segundo maior cliente depois da Apple. Todos os pedidos já feitos pela fabricante chinesa serão assegurados até 14 de setembro de 2020 antes que as portas das fábricas sejam fechadas.

Esta notícia obriga a Huawei a investir em alternativas e a apoiar os fabricantes de chipsets locais na China, nenhum dos quais tem as habilidades da TSMC, especialmente para o processo de gravação de 7 nm que é de momento a norma nos mais recentes smartphones de última geração.

 

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