Review do Ulefone Be Touch 2

O Ulefone Be Touch 2 é um smartphone muito interessante, da robustez da sua caixa à construção aparentemente sólida do aparelho e acima de tudo pela sua performance excepcional,

Review do Ulefone Be Touch 2

 

 

Especificações

  • Dimensões: Comprimento – 158.1 mm / Largura – 77.4 mm / Altura – 8.6 mm
  • Materiais: Traseira em plástico, moldura em alumínio
  • Peso: 160 gr
  • Sensor de impressão digital fontal
  • Processador: 64Bit MTK MT6752 Processor Octa-Core 1.7GHz CPU
  • 3 GB LPDDR3 RAM
  • 16 GB ROM
  • Expansão: Micro Sd até 64 GB
  • Bateria: 3050 mAh
  • Ecrã: 5.5” 2.5 D / 1080*1920 pixels / Corning Gorilla Glass 3
  • Câmara principal: 13 MP Sony IMX214 / 1080p video / flash LED
  • Câmara frontal: 5 MP / 720p vídeo / flash LED
  • Bandas: GSM: 850/900/1800/1900 – WCDMA: 850/900/1900/2100 – FDD-LTE: 800/1800/2100/2600
  • SIM: Dual sim dual standy / Micro SIM + Standard SIM / Ambos suportam 4G
  • Wi-fi: WiFi802.11 a/b/g/n/ac Support dual-band Wi-Fi(2.4GHz/5GHz)
  • Sensores: GPS, A-GPS, GLONASS, bússola digital, Sensor Gravidade, Sensor de luz ambiente e USB on-the-go.

 

Hardware

O Ulefone Be Touch 2 é um smartphone muito interessante, da robustez da sua caixa à construção aparentemente sólida do aparelho e acima de tudo pela sua performance excepcional, fica a ideia que este smartphone deveria ter um preço bastante superior. Mas claro, tal como a maioria do aparelhos, quando o negócio parece bom demais para ser verdade existem problemas e/ou cantos por limar.

 

Um bom smartphone tem de o ser desde o início e vamos começar exactamente por aí, a caixa em que ele vem embalado. Em cartão simples, mas com um toque muito agradável e tem um compartimento individual para cada peça. Apresenta um especto muito robusto e resistente; não é por acaso que a própria marca publicou um vídeo onde dois adultos se põem em cima de uma destas caixas, ao mesmo tempo, para de seguida mostrarem que esta não sofreu qualquer dano. Os acessórios são os esperados, um cabo USB – Mini USB, um adaptador de tomada, livros de instruções e earphones. O cabo é semelhante em forma ao que a OnePlus fornece com o seu aparelho, mas infelizmente as parecenças ficam por aí. Ao fim de duas semanas de uso ambas as extremidades já se encontram em más condições e facilmente caiem, tanto do telemóvel como do adaptador, tornando o processo de carregar o smartphone em algo delicado. O earphones são igualmente de má qualidade por serem extremamente desconfortáveis mas também porque a qualidade de som só seria aceitável se tivessem custado menos do que 5€. Aconselho, apenas, o seu uso para atender chamadas de curta duração. O ecrã é uma das características fortes do aparelho, o meu smartphone anterior, um LG, tinha um ecrã HD e este Ulefone com ecrã Full HD apresenta cores vibrantes e uma definição muito acima das minhas expectativas, seja a ver vídeos ou a jogar (e.g. Hearthstone). A luminosidade apesar de não ser tão alta quanto desejaria nunca tive grandes dificuldades em utiliza-lo debaixo do forte sol de Verão Lisboeta. Infelizmente ao fim de cerca de 1 mês começaram a aparecer manchas brancas no ecrã, que embora apenas visíveis em ecrãs claros não são de todo um bom sinal. E uma vez contactada a marca sobre o assunto apenas consegui obter uma resposta, claramente automatizada, que indicava que as tais manchas se deviam a maus tratos durante o envio. Deixa a desejar em termos de apoio ao cliente e a sensação que fica é que na realidade o problema estará relacionado com a construção/qualidade do aparelho e não com o envio.

E agora passamos para a parte mais divertida, o smartphone em si. Apesar de parecer bastante grande (e ninguém poderá dizer o contrário) a verdade é que devido a forma arredondada das laterais consegui utilizá-lo no meu dia-a-dia apenas com uma mão, embora no limite do que pode ser considerado confortável. O alumínio deixa uma sensação bastante agradável na mão e a parte de trás em plástico é bastante sólida, o que complementa bem a sensação “Premium”. A minha única quezília neste campo prende-se com a saliência da câmara principal, torando-a um alvo claro de riscos. A porta mini USB e o headphone jack estão ambos na parte superior, os botões de volume e de On/Off encontram-se do lado direito. A parte inferior tem uma grelha a proteger a coluna e o microfone principal (infelizmente não encontrei um secundário). A frente do telemóvel apresenta o Home Button que serve também de sensor de impressões digitais, a câmara secundária e o seu flash, e ainda o sensor de proximidade. Apesar de não ter nenhuma certificação de resistência à água, a marca fez um vídeo onde se vê o aparelho a tomar um banho em Coca-Cola continuando seguida a funcionar na perfeição. Bateria A bateria está longe de ser brilhante mas é satisfatória. Quando somente se liga o Wi-Fi/dados sempre que necessário, temos bateria para o dia todo, com 3 horas de ecrã ligado, divididos por jogos, telefonemas, e-mails (50%) e navegar pela net (50%). No fim do dia o maior consumidor de bateria era identificado como “phone Idle” o que leva a querer que com uma actualizações de software a bateria poderá melhorar consideravelmente no futuro. Felizmente a velocidade de carregamento é grande, e após 20 minutos ligado à tomada, adiciona-se algumas horas de vida ao smartphone. Conclui-se que fica abaixo do que seria de esperar de uma bateria com a capacidade indicada, assunto esse que já levantou alguns distúrbios pelos fóruns da especialidade com utilizadores a indicarem medições de capacidade inferiores ao indicado na caixa. GPS O GPS é de longe a pior parte deste telemóvel uma vez que não é possível, de todo, confiar nele. Fiz várias viagens de teste e na grande maioria o GPS perdia-se, saltava entre ruas ou por e simplesmente perdia a ligação aos satélites. O melhor que consegui foi com que ele anda-se com cerca de 10 segundos de atraso em relação há minha posição real, o que impossibilita a sua utilização como guia Software O meu modelo vinha com Lollipop 5.1 (entretanto a marca já admitiu que é na realidade 5.0 mascarado de 5.1, mas que entregaram o 5.1 no futuro) e com uma interface bastante semelhante à nativa do Google. Apresentando pequenas customizações, com a adição de menu para regular a impressão digital e um para activar gestos “off-scren” a serem utilizados com o ecrã desligado.

 

Câmara

A câmara é juntamente com a performance, o ponto alto deste telemóvel. Tendo alguma paciência é possível tirar fotografias de grande qualidade, comparáveis às obtidas por um Samsung S6. O software oferece as opções já esperadas como HDR, Panorama, Embelezamento, Filmagem em Câmara Lenta, Fotografia em movimento e Fotografia em Multi-Angle. Relativamente às fotografias em si é visível que a câmara do S6 a capturar paisagens é muito superior à Be Touch 2. As dos Ulefone saíram com alguma descoloração e com pouco detalhe, apesar de ficarem bastante aceitáveis. Quando se tira fotografias com pouca luz, o Modo Nocturno é obrigatório para se conseguir um resultado satisfatório, mas com este Modo o telemóvel tem problemas em acompanhar o movimento da câmara o que torna ainda mais importante um par de mãos estáveis. As fotografias de perto e com Zoom são muito boas e por vezes superiores às que consegui com o S6, mas verdade seja dita o S6 tira sempre boas fotografias enquanto com o Be Touch 2 tive de tirar 5 a 6 até sair uma perfeita.

 

Foto do Galaxy S6 à esquerda e do Be Touch 2 à direita
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Foto do Galaxy S6 à esquerda e do Be Touch 2 à direita
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Foto do Galaxy S6 à esquerda e do Be Touch 2 à direita
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Recepção

Nunca tive queixas no que toca à qualidade dos telefonemas, tanto da parte minha parte como da outra, apresentando sempre uma boa clareza e volume. O 3G, 4G e Wi-Fi foram sempre bem captados e com boas velocidades de download.
Sensor de Impressões digitais
Rapidamente deixei de utiliza-lo pois perdia mais tempo a tentar que o meu dedo fosse reconhecido do que se tivesse utilizado o botão On. É possível configurar até 5 impressões diferentes e mesmo configurando o mesmo dedo de 5 ângulos diferentes a maior parte das vezes após 3 tentativas falhadas acabava por pedir código.
Por outro lado, algumas das pessoas que experimentaram o meu aparelho tiveram pouca ou nenhuma dificuldade em utilizar o dedo delas para desbloquear. No fim de contas o sensor precisa de correcções para ser uma vantagem.

 

Performance

Se há um ponto em que este telefone é topo de gama é na sua performance, não interessa quantos programas estão a correr ele aguenta-se e mantém um desempenho sem espinhas! Pelo menos enquanto a bateria se mantiver acima dos 15%, porque se estiver abaixo deste nível o CPU é impedido de atingir o seu potencial de maneira a prolongar a vida da bateria.
Nunca tive problemas em correr qualquer jogo (Hearthstone, Asphalt 8 ou mesmo o Modern combat 5) e os 3 GB de RAM garantiram uma experiência de multitasking suave. Mesmo quando posto à prova com jogos (Asphalt 8, Relic Run e Geometry Dash) e 5 tabs abertas no Chrome, o sistema não sentiu necessidade de fechar os jogos e foi possível encontra-los exactamente na mesma posição em que os tinhas deixado. Com um ecrã deste tamanho e esta capacidade de multitasking a possibilidade de fazer split-screen teria sido uma óptima adição, talvez num update futuro isso possa vir acontecer.
Para quem gosta de Benchmarks corri os habituais Antutu e GeekBench, tendo conseguido 43983 e 794 Single-Core / 3544 Multi-Core respectivamente, o que deixa este telemóvel bem colocado e acima de ofertas bem mais caras como o Galaxy S5 ou o HTC M8.

 

Conclusão

Quer seja por comparação com outros telefones do mesmo preço ou simplesmente a avaliar a sua qualidade/preço considero o Be Touch 2 uma boa oferta. Óptima performance, moldura em alumínio, uma câmara com potencial e um software estável, tudo isto aliado a um preço em conta compõem uma embalagem muito apelativa. Se não fosse pelo GPS inutilizável, sensor de impressões digitais com má precisão e uma qualidade de construção duvidosa este telemóvel poderia ser espectacular.

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