Novos renders oficiais do Nothing Phone (3a) e Phone (3a) Pro revelados

Nada de novo, nada de diferente: conheça o Phone (3a) e o Phone (3a) Pro da Nothing

Parece que, a cada mês que passa, somos brindados com uma nova gama de smartphones para apimentar ainda mais a já saturada oferta no mercado. Desta vez, é a Nothing que decide lançar a sua mais recente dupla de telemóveis: o Phone (3a) e o Phone (3a) Pro. Se estava à espera de algo verdadeiramente revolucionário, prepare-se para ficar ligeiramente desiludido, pois tudo indica que não há nada de especialmente novo ou surpreendente para ver por aqui.

Design e câmaras: “inovação” minimalista?

Nas imagens divulgadas, é possível observar que o design dos novos modelos segue a tendência genérica do momento. Há um furo no meio do ecrã que abriga a câmara frontal, enquanto na parte traseira encontramos um módulo circular para as câmaras. A Nothing, contudo, decidiu acrescentar um pequeno elemento “diferente”: luzes LED à volta das lentes traseiras. Aparentemente, é o toque “original” que a empresa quer promover. Resta saber se estas luzes terão uma função prática ou se servem apenas como detalhe estético para tentar cativar os fãs de dispositivos que brilham.

Botões… e mais botões

Quando olhamos para as laterais do dispositivo, vemos que de um lado estão os botões de volume, enquanto do outro lado está o botão de energia. Até aqui, nada de anormal. A pequena “surpresa” (ou confusão) é a inclusão de um botão dedicado para a câmara, algo que muitas marcas já tiveram noutros tempos e acabaram por abandonar. Talvez a Nothing tenha decidido recuperar esta ideia para facilitar a abertura rápida da aplicação de câmara. A questão é: será que este botão vai realmente ser útil ou apenas adicionar mais uma funcionalidade que poucos utilizadores tiram proveito?

Especificações técnicas: a real diferença?

Embora a Nothing não tenha ainda divulgado todas as especificações oficiais, os rumores que circulam apontam para poucas discrepâncias entre o Phone (3a) e o Phone (3a) Pro, sobretudo no que diz respeito às câmaras. O resto do pacote não foge daquilo que já conhecemos noutras marcas e modelos:

• Processador (Chipset): Snapdragon 7s Gen 3. Se estava à espera de um Snapdragon 8 Gen 3 ou qualquer outro topo de gama de última geração, pode esquecer. A Nothing parece apostar num processador de gama média que, com sorte, cumprirá bem a maioria das tarefas diárias sem grandes alardes de desempenho.
• RAM: 8 GB ou 12 GB. Aparentemente, a ideia de que “mais RAM é sempre melhor” continua em voga. Para a maioria dos utilizadores, 8 GB já chega perfeitamente, mas se for daqueles que gosta de ter dezenas de aplicações abertas em simultâneo, talvez os 12 GB lhe agradem.
• Armazenamento: 128 GB ou 256 GB. Também aqui se segue a norma da indústria, sem surpresas ou variantes “exóticas”. A questão de ter ou não slot para cartão microSD ainda não foi confirmada, mas, a julgar pela tendência atual, é provável que a Nothing tenha dispensado esse recurso.
• Sistema Operativo: Android 15. Porque a escalada numérica de versões do Android não dá sinais de abrandar, e cada nova versão gosta de se apresentar como a mais avançada de sempre.
• Ecrã: 6,77 polegadas, resolução FullHD+ e taxa de atualização de 120 Hz. A maioria dos smartphones acima de uma certa faixa de preço já oferece 120 Hz, portanto não é exatamente um factor de destaque. No entanto, é sempre bem-vindo para quem aprecia maior fluidez ao navegar ou jogar.
• Câmaras Traseiras: 50 MP principal + 50 MP telefoto. Hoje em dia, o número de megapíxeis é muitas vezes mais marketing do que sinónimo de qualidade fotográfica real, mas continua a ser um argumento de venda. Falta saber que sensor foi utilizado e quão bem a Nothing optimizou o software de câmara.
• Câmara Frontal: 32 MP. Novamente, muitos megapíxeis para as suas “selfies”, mas a qualidade final dependerá do processamento de imagem.
• Bateria: 5.000 mAh. Aparentemente, este é o standard para a maioria dos novos dispositivos que procuram oferecer boa autonomia.

Preços e disponibilidade: vale o investimento?

De acordo com rumores, o Phone (3a) deverá ter um preço inicial de cerca de 275 euros, enquanto o Phone (3a) Pro começará nos 330 euros. A diferença de preço não é exagerada, mas resta saber se as diferenças de especificações e funcionalidades justificam pagar mais pelo “Pro”. Numa altura em que já existem opções muito competitivas no mercado (incluindo modelos de outras marcas chinesas que oferecem processadores mais potentes e especificações superiores), será interessante ver de que forma a Nothing tentará convencer o público a aderir.

Lançamento marcado para 4 de março

Para os que estão curiosos ou, quem sabe, querem dar uma oportunidade a esta nova linha de produtos, a data de 4 de março é apontada como o dia em que tudo será finalmente esclarecido. Até lá, podemos apenas especular sobre se a Nothing trará alguma funcionalidade secreta ou se veremos apenas mais um par de smartphones que acabam por se perder na multidão de modelos iguais.

Nada de novo ou de empolgante?

Os smartphones de gama média estão cada vez mais competitivos e mais semelhantes entre si. Sem uma inovação disruptiva, torna-se cada vez mais difícil destacar-se. A Nothing parece estar a apostar no seu estilo de marketing, com o visual minimalista e certos pormenores de design (como as faixas LED), para gerar algum interesse. No entanto, muitos utilizadores podem encarar o Phone (3a) e o Phone (3a) Pro como apenas mais dois dispositivos entre dezenas de alternativas disponíveis no mesmo segmento de preço.

Para quem procura um telefone que cumpra as funções básicas e ofereça algumas especificações robustas, os modelos da Nothing podem vir a ser uma escolha a considerar, especialmente se a experiência de utilização for agradável e se a interface personalizada se mostrar fluida. Contudo, a maioria dos consumidores já está habituada a ver este tipo de hardware em tantos outros concorrentes, como Xiaomi, Realme, Motorola, Samsung (na sua gama média), entre outros.

Conclusão

No final de contas, o que fica no ar é a dúvida: “Será que o Phone (3a) e o Phone (3a) Pro valem a pena?” A resposta definitiva só virá quando os dispositivos forem testados em condições reais de utilização. Se tudo se resumir a especificações e design “by the book” com poucas novidades reais, talvez seja melhor aguardar por algo verdadeiramente inovador. Em contrapartida, se o preço for efetivamente competitivo face ao desempenho e à experiência oferecida, pode ser que a Nothing consiga atrair um nicho de entusiastas ou utilizadores curiosos.

Para já, a única certeza é que, se gosta de estar atualizado acerca das novidades do mercado de smartphones (mesmo as que não são propriamente incríveis), terá mais um lançamento para acompanhar no dia 4 de março. Resta saber se a Nothing conseguirá surpreender ou se, como o nome indica, nos trará “nada de novo” no universo móvel.

 

 

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