Xiaomi: “Olá Brasil, é tão bom não foi?”

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Começou o inicio do fim do ciclo da estadia oficial da Xiaomi no Brasil, pelo menos é o dão a entender as palavras do Hugo Barra, numa entrevista dada ao AndroidPit.

Menos de um ano depois da sua chegada oficial ao Brasil, a Xiaomi já anunciou uma profunda reestruturação das suas operações, entre elas o facto de deixar de produzir e lançar dispositivos no país, bem como a transferência de grande parte da equipa para a China. Isto apesar de Hugo Barra afirmar que isso não significa uma saída em definitivo da Xiaomi do Brasil.

Nesta sua breve passagem por terras Brasileiras a Xiaomi lançou somente 2 modelos localmente, os Redmi 2 e Redmi2 Pro. E segundo as palavras de Barra, tão cedo a empresa não lançara qualquer novo dispositivo na sua terra natal, mas não explicou exatamente o que esse período englobaria. De qualquer forma, como já vamos quase no inicio do segundo semestre de 2016, dificilmente a empresa lançaria novos aparelhos naquele mercado.

As constantes mudanças nas regras de fabricação e na tributação para as vendas via e-commerce no Brasil, são apontadas como as principais culpadas deste fim de ciclo. Apesar de ambos os dispositivos continuarem a ser vendidos no Brasil, o seu modo de negocio mudou para uma forma totalmente diferente do que previa o modelo da empresa quando chegou por lá, que privilegiava apenas a venda direta na sua loja on-line. Em vez disso, os dispositivos ficarão disponíveis através de parcerias locais da Xiaomi, que inclui a operadora Vivo e uma variedade de redes de varejo.

Com todos esses cortes, que incluem a transferência dos setores de Marketing e Social Media do Brasil para Pequim, a Xiaomi ficará basicamente apenas com uma presença virtual no Brasil com a manutenção das seguintes áreas: e-commerce, suporte ao cliente, assistência técnica, logística, finanças e alguns pontos de gestão.

Pessoalmente e olhando de uma forma mais séria para o assunto, obviamente que este é o fim de ciclo da Xiaomi no Brasil. Obviamente que a fabricante chinesa não podia simplesmente bater com a porta e abandonar o país. Ainda existe muito smartphones nas prateleiras e muitos milhares foram vendidos encontrando-se ainda num período abrangido pela garantia. Questões fiscais também devem prender a Xiaomi ainda ao Brasil.
Talvez daqui a um ano, veremos um comunicado a informar que abandonaram definitivamente o país. Até lá resta-os manter os serviços pós-venda.

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