Samsung reduz a produção de smartphones devido ao abrandamento do mercado

A Samsung aparentemente reduziu a sua produção de smartphones para este ano. A empresa reduziu o objetivo de produção em cerca de 30 milhões de unidades devido a várias razões que vão desde a poupança de custos até à cadeia de fornecimento.

De acordo com um relatório da TechRadar, uma publicação dos media sul-coreanos afirmou que a empresa reduziu as suas encomendas de smartphones para 280 milhões de unidades de 310 milhões de unidades. Além disso, este corte de encomendas não está limitado a apenas um ou dois segmentos, tendo sido feito em toda a sua gama de equipamentos. Por outras palavras, os telefones que vão desde a série A de orçamento até à flagship de grau premium das séries Galaxy S e Z também foram afetados por esta decisão.

De acordo com a informação, houve uma série de razões que levaram a gigante tecnológica sul-coreana a tomar esta decisão, o que aponta para um potencial abrandamento do mercado. Isto inclui questões económicas, bem como contínuas restrições de abastecimento. Embora o mercado tenha recuperado da queda em 2020, com os aparelhos 5G a liderar a subida, os problemas contínuos da cadeia de abastecimento e a escassez de materiais têm atrofiado o crescimento do mercado. Os bloqueios na China e a atual escassez de semicondutores também agravaram a situação.

Para além disto, houve também fatores macroeconómicos e geopolíticos mais vastos que tiveram impacto no mercado dos smartphones devido aos seus efeitos na economia global. Devido a estes fatores, é menos provável que os consumidores adquiram um novo smartphone e atrasem o seu ciclo de actualização. Embora, a Qualcomm acredite que isto afeta mais o mercado a nível de entrada do que os segmentos premium. Numa nota positiva, espera-se que o mercado de smartphones também veja um pequeno aumento no segundo semestre deste ano.

Samsung continua líder na Europa

No entanto apesar destes dados, a Samsung continua a manter a sua posição de liderança no mercado europeu de smartphones no primeiro trimestre deste ano, seguida pela Apple e Xiaomi. Calcularam que um terço de todos os smartphones entregavam levavam o logotipo do gigante sul-coreano e a empresa controla 35% do mercado de dispositivos móveis.

Ao mesmo tempo, os peritos notam que nos primeiros três meses deste ano, o fornecimento de smartphones ao mercado europeu afundou-se em 10% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos quantitativos, isto é 41,7 milhões de telemóveis contra 46,4 milhões um ano antes.

A Apple ficou em segundo lugar com uma quota de 21% e 8,9 milhões de envios de iPhones. O terceiro foi a Xiaomi, cujos equipamentos representaram 20% de todos os smartphones enviados. Infelizmente, o primeiro trimestre não foi o mais bem sucedido para a empresa, e voltou a recuar, perdendo 3% da sua quota de mercado.

A Realme, por outro lado, conseguiu aumentar significativamente a oferta dos seus dispositivos, e o crescimento foi de 177% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Agora a empresa controla 5% da quota de mercado e o número de smartphones enviados foi de 2,1 milhões contra 0,8 milhões um ano antes. Fechou os cinco primeiros oponentes com uma quota de 4%.