Quem diria que um dia deixaríamos de lado os relógios tradicionais e passaríamos a usar dispositivos inteligentes no pulso? Pois bem, estamos a falar do mercado de wearables, que segundo o IDC’s Worldwide Quarterly Wearable Device Tracker, cresceu 8,8% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. Contudo, há um detalhe interessante (ou deveria dizer desconcertante para os fãs de grifes?): o mercado está a virar-se cada vez mais para modelos mais baratos. Sim, isso mesmo. O preço médio de venda está em queda pelo quinto trimestre consecutivo. Porque será?
Neste artigo vão encontrar:
Os Consumidores Não Veem Valor nos Modelos Premium
Os analistas acreditam que os consumidores não veem grande vantagem em desembolsar uma quantia extra por modelos premium, optando mais por dispositivos de gama média e de entrada. Mas, não se engane, este cenário pode mudar em breve. A entrada de sensores avançados no mercado, capazes de medir pressão arterial ou glicose, por exemplo, pode fazer com que os modelos premium ganhem popularidade. No entanto, enquanto isso não acontece, as marcas regionais menores estão a viver um verdadeiro boom, graças às suas ofertas de baixo custo.
O Topo do Pódio: Apple, Xiaomi, Huawei, Samsung e Imagine Marketing
Em termos de marcas, a Apple continua a ser a líder, embora a sua quota de mercado tenha diminuído consideravelmente (quase 19% ano após ano). Os analistas atribuem essa queda à proibição de vendas e à subsequente remoção de funcionalidades. Mas, a culpa também é um pouco da Apple. Afinal, quando foi a última vez que a empresa lançou novos headphones? Os AirPods de 3ª geração saíram no final de 2021 e os AirPods Pro de 2ª geração no final de 2022. Os AirPods Max, então, são ainda mais antigos, datando de 2020.
A Xiaomi, por outro lado, está a crescer rapidamente, com um aumento de quase 44% ano após ano. A empresa sempre tem produtos acessíveis fresquinhos no mercado, e o seu retorno ao Wear OS foi bastante bem-sucedido – segundo a IDC, a Xiaomi é agora o terceiro maior fabricante de Wear OS.
Já a Huawei destronou a Samsung do terceiro lugar, graças à sua ressurgência no negócio de smartphones, que aparentemente também impulsionou o sucesso da divisão de wearables.
Quanto à Samsung, apesar do Galaxy Fit3 ter sido popular graças ao seu preço mais baixo, o seu sucesso não foi suficiente para compensar as vendas em queda do Galaxy Watch. Ainda assim, o crescimento de 13% da Samsung no primeiro trimestre é superior à média da indústria, que é de 8,8%.
Em quinto lugar temos a Imagine Marketing – talvez nunca tenha ouvido falar dela, mas com certeza já ouviu falar da sua marca “boAt”. Os headphones da marca estão a ter um bom desempenho (um aumento de 17,5%), enquanto que os smartwatches despencaram (uma queda de 61,3%).
Conclusão: O Futuro dos Wearables
A tecnologia está em constante evolução e, com ela, também o mercado de wearables. Embora a preferência atual seja por modelos mais baratos, a entrada de novos recursos e funcionalidades pode mudar este cenário. E aí, será que está pronto para mergulhar de cabeça neste universo?
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