Apple fala sobre a criação do incrível Cinematic Mode no iPhone 13

Durante o lançamento do iPhone 13, Apple mostrou uma curta-metragem intitulada Whodunnit, onde apresentou uma das maiores atualizações de câmara que qualquer iPhone já viu: Cinematic Mode.

Este novo modo de vídeo permite aos utilizadores a capacidade de mudar continuamente o foco durante a gravação de vídeo 1080p a 30 fps, mantendo o assunto em foco ou mudar para um foco diferente. Esta funcionalidade requer uma grande quantidade de poder de computação e não é algo que qualquer uma das gerações anteriores de iPhones pudesse lidar em termos de hardware.

No entanto, é um trabalho fácil para o poderoso A15 Bionic que é uma obra de engenharia notável. No entanto, mesmo com este monstro de processador, a Apple diz que descobrir como fazer o Modo Cinematográfico funcionar foi um sério desafio.

Processo de criação do Cinematic Mode

A Apple falou sobre o processo de criação do Modo Cinematográfico numa entrevista com TechCrunch para partilhar mais detalhes sobre como o Modo Cinematográfico do iPhone 13 surgiu.

“Não tínhamos a menor ideia [de como executar o Cinematic Mode]. Estávamos apenas curiosos – o que há de intemporal no cinema? E começámos a aprender mais e falar mais … com pessoas em toda a empresa que pudessem ajudar-nos a resolver esses problemas. É preciso muito poder de processamento para ser capaz de rastrear um assunto e mudar o foco e a abertura da câmara em tempo real, bem como aplicar desfoque de lente e estabilização de imagem, enquanto calcula de forma inteligente quando e onde é necessário mudar ativamente o foco (como quando alguém está a virar a cabeça ou a entrar num espaço, por exemplo). Por causa disso, o aumento de potência do Chipset A15 acompanhado pelos seus 5 núcleos de GPU e o poderoso motor neural são utilizados ao máximo com o Modo Cinematográfico. Sabíamos disso e que conseguir uma profundidade de campo de alta qualidade para o vídeo seriam magnitudes mais desafiadoras [que o Portrait Mode].

Ao contrário das fotos, o vídeo é suposto mover-se conforme a pessoa filma, e isso significava que precisaríamos de dados de profundidade de qualidade ainda mais alta para que o Modo Cinematográfico pudesse funcionar em objetos, pessoas, animais de estimação e outros, e precisávamos que esses dados de profundidade fossem recolhidos continuamente para acompanhar cada frame. Renderizar essas mudanças de foco automático em tempo real é uma carga de trabalho computacional pesada.

A equipa de design da Apple começou com uma “profunda reverência e respeito pela imagem e pela produção de filmes ao longo da história”. Eles tentaram responder a questões centrais, como “quais os princípios de imagem e cinema que são intemporais? Que arte perdurou culturalmente e por quê?” Ao fazê-lo, certas tendências sobressaíram. Era óbvio que o foco e as mudanças de foco eram ferramentas fundamentais para contar histórias, e que nós, como equipa multifuncional, precisávamos entender precisamente como e quando eles eram usados. ”A filmagem de vídeo cinematográfico é algo geralmente associado a profissionais de alto nível, por ser uma arte séria e difícil de aprender a fazer bem, Manzari explica que a Apple se esforçou para fazer o melhor uso do hardware para o tornar simples e acessível ao público, dando até mesmo a simples utilizadores de smartphones a capacidade de criar algo de qualidade. Sentimos que esse é o tipo de coisas que a Apple faz melhor. Pegar em algo difícil e convencionalmente difícil de aprender e, transformá-lo em algo, automático e simples.

 

Para quem perdeu a impressionante apresentação cinematográfica da Apple e do Cinematic Mode, totalmente filmado no iPhone 13, aqui está: