TSMC suspenderá a produção de chips de IA avançados para clientes na China, devido a sanções dos EUA. Impacto negativo previsto para empresas chinesas de tecnologia.
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De acordo com um relatório do The Financial Times, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), que é a maior fundição de semicondutores do mundo, vai suspender a produção de chips avançados de inteligência artificial para os seus clientes na China a partir de segunda-feira. Esta decisão, que pode ter um impacto significativo na indústria tecnológica chinesa, foi reportada pelo The Financial Times, que cita três fontes familiarizadas com o assunto.
A medida surge num contexto de crescente tensão nas relações comerciais e tecnológicas entre os Estados Unidos e a China, e pode ser vista como parte das restrições mais amplas que têm sido impostas ao fornecimento de tecnologia avançada para o mercado chinês.
Os Estados Unidos estão preocupados com a possibilidade de que, se a China conseguir obter chips de IA, estes possam ser utilizados para reforçar as capacidades militares do país. Recentemente, os EUA multaram a GlobalFoundries em 500 mil euros por enviar chips sem autorização para a maior fundição chinesa, a SMIC. No mês passado, a TSMC suspendeu o envio de chips para um cliente após alguns desses chips terem sido encontrados num dispositivo de IA da Huawei. O Departamento de Comércio dos EUA está a investigar esta situação.
A decisão da TSMC de interromper os envios de chips de inteligência artificial para a China terá um impacto negativo significativo em empresas de tecnologia chinesas, como a Alibaba e a Baidu. Estas empresas fizeram investimentos substanciais no desenvolvimento e design de chips específicos para as suas plataformas de computação em nuvem voltadas para inteligência artificial, com a expectativa de que a produção desses componentes fosse realizada pela TSMC, uma das principais fabricantes de semicondutores do mundo.
A interrupção dos envios por parte da TSMC poderá atrasar os planos de expansão e inovação tecnológica dessas empresas, uma vez que a TSMC é conhecida pela sua capacidade de produzir chips de alta tecnologia e desempenho, essenciais para suportar as complexas operações de inteligência artificial. Sem acesso aos chips avançados da TSMC, a Alibaba, a Baidu e outras empresas chinesas poderão enfrentar desafios significativos na manutenção da competitividade dos seus serviços de nuvem, o que poderá resultar em perdas financeiras e em uma desaceleração no ritmo de desenvolvimento de novas tecnologias.
Além disso, este cenário poderá forçar estas empresas a procurar alternativas no mercado interno chinês ou em outros fornecedores internacionais, o que pode não só aumentar os custos, mas também introduzir incertezas quanto à qualidade e capacidade de produção de chips que atendam às suas exigências técnicas. Esta situação sublinha a crescente complexidade e interdependência nas cadeias de fornecimento globais de tecnologia, especialmente em setores tão críticos e sensíveis como o da inteligência artificial.
Há especulações de que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciará em breve uma nova regulamentação de exportação. Esta regra poderá proibir as fundições de semicondutores de fabricar chips de inteligência artificial avançados que foram projetados por empresas chinesas. A medida visa restringir o acesso da China a tecnologias de ponta no setor de semicondutores, numa tentativa de proteger a segurança nacional e manter a liderança tecnológica dos Estados Unidos. Esta ação poderá ter impactos significativos nas relações comerciais entre os dois países, bem como no mercado global de tecnologia, uma vez que as fundições desempenham um papel crucial na produção de chips avançados utilizados em diversas aplicações tecnológicas.
Alguns sugerem que a TSMC está a tomar esta iniciativa para mostrar ao Presidente Eleito Donald Trump que consegue seguir as políticas dos EUA. No início deste ano, Trump acusou a TSMC de prejudicar a indústria de chips dos EUA e afirmou que a empresa poderia devolver mil milhões de dólares a Taiwan, que recebeu em subsídios dos EUA para construir três fábricas no Arizona. A TSMC afirma que a suspensão da produção de chips de IA chineses não é uma forma de agradar a Trump, mas sim para sublinhar que estão a agir em conformidade com os interesses dos EUA.
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