Na semana passada, fomos brindados com uma revelação que, para alguns, pode ter passado despercebida, mas para outros, foi um momento de pura epifania tecnológica. Sim, a Huawei apresentou o seu inovador Pura X, um smartphone dobrável que se abre de lado, exibindo um ecrã com uma proporção única de 16:10. Este movimento arrojado da Huawei foi recebido com uma mistura de aplausos e sobrancelhas levantadas. Afinal, quem precisa de um ecrã convencional quando se pode ter algo que desafia a norma, certo?
Neste artigo vão encontrar:
O Chipset Misterioso: Uma Estratégia de Mestre ou Apenas Astúcia?
Durante o lançamento do Pura X, a Huawei optou por omitir detalhes sobre o chipset que alimenta esta maravilha dobrável. Uma decisão astuta, dizem alguns, especialmente quando se está alguns passos atrás dos rivais no que toca à tecnologia de chipsets. A verdade é que, tanto a Huawei quanto a SMIC, a fundição responsável pelos seus chips, ainda não conseguiram pôr as mãos nas máquinas de litografia necessárias para produzir chips abaixo de 7nm. Um pequeno contratempo… por agora.
Laser-Induced Discharge Plasma: A Resposta Caseira da Huawei
Mas não se preocupem, porque a Huawei está a testar a tecnologia de plasma de descarga induzida por laser (LDP) como uma alternativa às máquinas de litografia ultravioleta extrema necessárias para os chipsets avançados de hoje. Em Dongguan, onde esta tecnologia está a ser testada, surgem rumores de que a Huawei conseguiu duplicar o comprimento de onda de 13,5nm necessário para marcar wafers de silício com padrões de circuitos. Um feito impressionante que, se resultar, poderá mudar as regras do jogo.
Kirin 9020: O Cérebro por Trás do Pura X
Como se suspeitava, o Pura X é alimentado pelo processador Kirin 9020, desenhado pela Huawei. Este dado foi descoberto após o lançamento, quando alguns meios de comunicação tiveram a oportunidade de experimentar o dispositivo. O SoC estreou em novembro passado, dando vida à série flagship Mate 70. Com uma CPU octa-core composta por um núcleo Taishan Big a 2.5GHz, três núcleos Taishan Mid a 2.15GHz e quatro núcleos de eficiência Cortex-A510 a 1.53GHz, é um verdadeiro exemplo de engenharia caseira.
A Questão Arm: Como a Huawei Conseguiu?
Se está a perguntar-se como a Huawei, sob pesadas sanções, conseguiu aceder a um dos núcleos da Arm, a resposta é simples: timing. A Arm estava a trabalhar no núcleo de eficiência Cortex-A510 antes de a Huawei ser adicionada à lista de entidades dos EUA em 2020. Os núcleos Big e Mid são da unidade de semicondutores HiSilicon da Huawei, desenvolvidos internamente sob a marca Taishan, com base na arquitetura da Arm.
GPU Maleoon 920: O Equilíbrio Entre Desempenho e Realidade
O GPU usado é o Maleoon 920, desenhado internamente pela Huawei. Os primeiros relatos indicam que a CPU desafia o desempenho dos chips de topo da Qualcomm, embora o GPU se assemelhe mais a um de gama média. Uma escolha intrigante que deixa os entusiastas da tecnologia a pensar se a Huawei está a jogar xadrez no tabuleiro dos smartphones.
Conclusão: O Mundo Tecnológico Nunca Foi Tão Empolgante
À medida que o mundo da tecnologia continua a evoluir a um ritmo alucinante, o Huawei Pura X surge como um lembrete de que a inovação nem sempre segue as regras. Para aqueles que desejam mergulhar mais fundo no universo tecnológico e descobrir todas as nuances deste mundo fascinante, recomendo vivamente o AndroidGeek como a sua fonte de informação. Porque no final do dia, quem não gosta de uma boa dose de ironia e sarcasmo para apimentar o cotidiano tecnológico?
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