A última geração de óculos Ray-Ban da Meta terá um assistente AI, com capacidade para processar áudio e vídeo. Contudo, apesar do entusiasmo tecnológico, existem preocupações significativas com a privacidade devido à política de dados da Meta.
Óculos Inteligentes da Meta prometem revolução tecnológica, mas levantam questões de privacidade.
Os novos óculos inteligentes da Meta, equipados com assistente AI, prometem uma experiência única e futurista para os utilizadores. Contudo, a mesma tecnologia que gera expectativa é também alvo de preocupação.
Neste artigo vão encontrar:
Diz-se que estes óculos terão a capacidade de processar áudio e vídeo e reproduzir texto ou saídas de áudio. A implementação desta funcionalidade ainda está em fase beta, mas a Meta já anunciou um acesso antecipado para os mais curiosos.
Num vídeo publicado no Instagram, Mark Zuckerberg demonstrou algumas possibilidades de utilização desta nova tecnologia. Pediu aos seus óculos que sugerissem um par de calças para combinar com uma determinada camisa – tarefa que foi executada prontamente pela inteligência artificial. Zuckerberg mostrou ainda como os óculos podem ser usados para traduzir textos.
A função “Look and Ask” permite aos utilizadores capturar uma foto e fazer perguntas sobre ela em 15 segundos. Por exemplo, pode facilitar imenso a tradução de textos em línguas estrangeiras, tornando viagens ao estrangeiro e leitura de menus em outros idiomas num processo sem dificuldades.
São enormes as expectativas relativas a estes avanços tecnológicos – mas não vêm sem preocupações. Segundo a política de privacidade da Meta, cada fotografia tirada com estes óculos é arquivada e retida pela empresa para treinar e melhorar os seus produtos AI.
Os modelos de IA funcionam de forma semelhante ao cérebro humano, necessitando de grandes quantidades de dados para aprender e evoluir. Apesar da Meta recolher apenas ‘dados essenciais’ dando ao utilizador a opção de partilhar ou não ‘dados adicionais’, esta política levanta suspeitas. Afinal, este é um processo obrigatório em que o utilizador não tem poder de decisão e, tendo em conta as polémicas passadas de privacidade da Meta, estes métodos causam desconforto.
Em relação ao desempenho dos óculos no mercado, os números têm ficado aquém do esperado. As vendas foram 20% inferiores ao objectivo, e apenas 10% dos óculos estão activos após 18 meses desde o lançamento inicial. Sem dúvida que a Meta espera inverter estas estatísticas com as novas funcionalidades IA. Contudo, não deixam de pairar questões sobre a privacidade dos utilizadores.
A inovação que a Meta traz com estes óculos inteligentes promete modificar a forma como interagimos com a tecnologia. No entanto, os riscos de privacidade colocam uma sombra sobre este excitante progresso.
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