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A ameaça de uma invasão à Taiwan e o futuro incerto da TSMC
Num cenário geopolítico tenso, a potencial invasão da Taiwan pela China tem sido um tema recorrente nas discussões globais. Uma das preocupações mais prementes é a possibilidade da China assumir o controlo da TSMC, a maior fundição de chips do mundo e vital para a economia global. Responsável pela produção de todos os chips desenhados pela Apple, a TSMC fabrica impressionantes 92% dos chips de vanguarda utilizados nos Estados Unidos.
O impacto devastador no economia dos EUA
Recentemente, Gina Raimondo, Secretária do Comércio dos EUA, advertiu que a tomada da TSMC pela China representaria um golpe devastador para a economia americana. Apesar da TSMC estar a expandir as suas operações para o Arizona, a primeira fábrica só estará operacional na primeira metade do próximo ano, trabalhando com tecnologia de 4nm – uma geração atrás do nó de 3nm disponível em Taiwan. Uma futura instalação no Arizona promete chips de 3nm e 2nm, mas só estará pronta em 2028, sem conseguir igualar a capacidade das fábricas em Taiwan.
A ASML, empresa holandesa, é a única fabricante de máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV) no mundo.
Defesas contra a invasão
Há mais de um ano, Robert O’Brien, ex-Consultor de Segurança Nacional da administração Trump, sugeriu que, numa eventual invasão da China a Taiwan, o exército dos EUA poderia destruir as instalações da TSMC na ilha para impedir que caíssem nas mãos chinesas. Mais recentemente, foi revelado que a ASML e a TSMC têm a capacidade de desativar remotamente os equipamentos de fabrico de chips da ASML, caso ocorra uma invasão chinesa. Isto poderia tornar as instalações da TSMC inoperacionais, um cenário que o presidente da TSMC, Mark Liu, confirmou ser uma possibilidade real em caso de invasão militar.
ASML: O coração da inovação tecnológica
A ASML ocupa uma posição única no ecossistema global de tecnologia, sendo a única produtora das avançadas máquinas de litografia EUV, essenciais para a criação de chips de silício de última geração. Estas máquinas, que custam cerca de 217 milhões de dólares cada, são vitais para a produção de chips com transístores incrivelmente pequenos, permitindo dispositivos mais rápidos e eficientes. A China, embora proibida de adquirir as máquinas EUV, tem tentado contornar essas restrições para alcançar a autossuficiência em chips, um movimento que suscita preocupações nos EUA e seus aliados.
Um futuro tecnológico incerto
Com a crescente tensão entre a China e Taiwan, e os recentes desenvolvimentos na capacidade de defesa da TSMC, o futuro da fabricação de chips e, por extensão, da tecnologia global encontra-se numa encruzilhada. A possibilidade de uma invasão chinesa a Taiwan levanta questões cruciais sobre a segurança, a economia e a inovação tecnológica no cenário mundial.
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