Olá, geeks! Prontos para uma viagem no mundo cibersegurança? Vão voar, mas sem sair do sofá. Não, não me estou a referir à realidade virtual. Falo sobre a realidade virtualmente perigosa do Wi-Fi público. Segundo uma pesquisa da Saily, um fornecedor de eSIM, 58% dos americanos usam Wi-Fi público gratuito enquanto viajam. E se pensam que é só nos EUA que isso acontece, desenganem-se.
Neste artigo vão encontrar:
As Armadilhas do Wi-Fi Público
Para os mais distraídos, usar Wi-Fi público pode parecer uma alternativa conveniente e barata para aceder à Internet. No entanto, essa comodidade esconde inúmeros riscos de cibersegurança. Vykintas Maknickas, chefe de estratégia de produto na Nord Security, alerta: “Existem múltiplos problemas de cibersegurança associados ao Wi-Fi público. Ataques de intercepção (man-in-the-middle), durante os quais os cibercriminosos podem interceptar a comunicação entre o seu telefone ou laptop e a rede Wi-Fi, são apenas um exemplo.”
Além disso, há também o risco de session hijacking, no qual os criminosos podem roubar cookies de sessão e ganhar acesso não autorizado às contas dos utilizadores. Como se não bastasse, os hackers podem montar hotspots falsos (rogue hotspots) que imitam redes Wi-Fi legítimas. Quando um utilizador se conecta a estas redes falsas, os atacantes podem invadir o dispositivo e roubar dados.
Os Perigos Escondidos no Wi-Fi Público
Outro tipo de ataque é o evil twin attack. Aqui, o hacker monta uma rede com o mesmo nome de uma rede Wi-Fi pública legítima, como a de um hotel ou café. Os utilizadores, sem perceber, podem conectar-se ao “gémeo mau” e dar aos atacantes a capacidade de interceptar suas comunicações. A cereja no topo do bolo é o chamado “sniffing”, um tipo de ataque em que os cibercriminosos usam software especial para “farejar” os dados transmitidos numa rede Wi-Fi pública.
Uma Questão de Tempo… Online
Segundo a pesquisa da Saily, os viajantes americanos passam um tempo considerável online. Apenas cerca de um quarto passa menos de duas horas online diariamente, com a maioria a exceder este limite. Quando se trata de atividade online, 56% das pessoas afirmam que a maioria do seu tempo online é gasto em comunicação e 50% em partilha de redes sociais. Um impressionante 42% usa a internet para gestão de dinheiro, fazendo pagamentos e transações.
O Que Recomendam os Especialistas?
Embora seja compreensível que os viajantes procurem as opções mais convenientes e baratas para aceder à Internet, Maknickas recomenda a consideração de alternativas de Internet. “A Internet móvel é mais segura, especialmente quando se considera atividades como a banca online. Hoje em dia, existem também opções acessíveis, como eSIMs ou pacotes de dados internacionais, por isso os utilizadores não precisam comprometer a segurança por um preço mais baixo.”
Para aqueles que consideram usar Wi-Fi público, ele recomenda tomar alguns cuidados para proteger a ligação: evitar aceder a informações sensíveis, “esquecer” a rede após a utilização, atualizar o software e usar uma VPN (Virtual Private Network).
Resumindo…
Em resumo, devemos encarar o Wi-Fi público como um ovo Kinder: pode trazer surpresas, nem sempre agradáveis. E lembrem-se, se precisarem de mais informações sobre este ou outros temas tecnológicos, o AndroidGeek está sempre aqui para vos ajudar!
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