Nem guerra, nem pandemia, nem escassez de Chipsets abrandaram mercado de smartphones

De acordo com um estudo recente, o mercado de smartphones está a evoluir bem, embora haja crise pandémica e de chips. O estudo concluiu que, embora as pessoas tenham vindo a substituir os seus smartphones com menos frequência, continuam a gastar mais dinheiro com eles. Isto indica que as pessoas veem os smartphones como ferramentas necessárias e não apenas como artigos de luxo. Além disso, o estudo mostrou que as marcas chinesas estão a ganhar popularidade em todo o mundo. Isto significa que a Apple e a Samsung terão de intensificar o seu jogo se quiserem permanecer no topo do mercado.

A crise pandémica e escassez de chips não afetaram o mercado de smartphones que está de boa saúde, a julgar pelo volume de negócios gerado em 2021 pelas empresas do sector. De acordo com os dados processados pela CounterPoint Research, actualizados para o 4º trimestre de 2021, o volume de negócios total atingiu o limiar de 448 mil milhões de dólares, com um aumento de 7% numa base anual.

No 4º trimestre de 2021, o aumento das receitas totais numa base trimestral foi de 20%. Este resultado parcialmente previsível deve-se ao facto de este período do ano ser favorável às compras, tanto para a renovação da oferta, como para as inevitáveis compras de Natal. Resultados dignos de nota se forem comparados com os dos anos anteriores; deve considerar-se que as duas crises mencionadas no início condicionaram a possibilidade de satisfazer plenamente a procura.

O preço médio de venda dos smartphones em 2021 foi de $322, mais 12% do que no ano anterior. A explicação deve em parte ser atribuída aos smartphones de 5G, que geraram mais de 40% do volume de negócios total em 2021. São inevitavelmente mais caros do que os modelos 4G e tiveram uma maior proliferação: nos mercados emergentes (Índia, Sudeste Asiático, países da América Latina e Europa Central) graças às principais marcas chinesas (Xiaomi, Vivo e Oppo), e nos mercados mais maduros com a Apple e a sua gama iPhone 13.

O mercado de smartphones está a evoluir bem, apesar da crise de saúde e dos chips

Um mercado global de smartphones crescente, mas concentrado nas mãos de poucos. Basta ver quem foram responsáveis pelos referidos 448 mil milhões de dólares. Cinco marcas geraram 375 mil milhões de dólares, todas as outras produziram um total de 73 mil milhões de dólares. O volume de negócios das cinco principais empresas do sector em 2021 está estruturado da seguinte forma (entre parênteses a variação numa base anual):

• Apple, $ 196 mil milhões(+ 35%)
• Samsung, $ 72 mil milhões (+ 11%)
• Oppo (incluindo OnePlus), $ 37 mil milhões(+ 47%)
• Xiaomi, $ 36 mil milhões(+ 49%)
• Vivo, $ 34 mil milhões (+ 43%)

O referido aumento do preço médio de venda dos smartphones já dá uma pista de porque foi registado este aumento de receitas. O que é preciso pensar é que alguns OEMs também aumentaram os preços dos produtos de nível de entrada e médio. Nestes casos, o aumento do preço não é apenas, ou não principalmente, pela conectividade 5G; mas também devido à escassez de componentes e os custos associados à venda do produto – como o transporte.

Os preços médios de venda dos smartphones (ASPs) cresceram 12% YoY para $322, principalmente devido a uma maior quota de smartphones 5G; que têm um custo significativamente superior aos modelos 4G; bem como ao lançamento bem sucedido da Apple dos seus dispositivos iPhone 13. Além disso, mais modelos de 5G foram lançados em 2021 como OEMs tais como Xiaomi, vivo, OPPO e realme concentradas em satisfazer uma maior procura de smartphones 5G acessíveis em mercados emergentes; tais como a Índia, Sudeste Asiático, LATAM e Europa de Leste. Como resultado, espera-se que os smartphones com 5G contribuam com mais de 40% das remessas globais de smartphones em 2021; em comparação com 18% em 2020.

Fonte: CounterPointResearch