A Motorola está imparável no que toca a lançamentos e, como já vem sendo habitual, os vazamentos antecedem sempre os anúncios oficiais. Depois de termos visto imagens promocionais do Razr 60 Ultra a circular hoje pela internet, surgem agora detalhes sobre o novo Motorola Edge 60, que promete juntar-se brevemente ao já apresentado Edge 60 Fusion.
Neste artigo vão encontrar:
Design familiar, sem surpresas
As primeiras imagens reveladas do Edge 60 mostram-nos um equipamento com um design que não nos é estranho. Está disponível em pelo menos duas cores — azul e verde — e adota uma linguagem estética praticamente idêntica à do Edge 60 Fusion. Não é uma crítica, mas também não é propriamente um elogio: a Motorola está a apostar numa identidade visual coesa, mas corre o risco de lançar equipamentos demasiado parecidos entre si.
A traseira apresenta acabamento em couro sintético, uma tendência que a marca já vinha a explorar em modelos anteriores. Dá um toque premium e melhora a pegada, mas será suficiente para o distinguir no mar de concorrência?
Especificações técnicas promissoras
No que diz respeito ao hardware, o Motorola Edge 60 promete não desiludir. A câmara principal conta com 50 MP e utiliza o sensor Sony Lytia LYT-700C, uma escolha interessante para este segmento. A acompanhar está uma ultra grande angular de 13 MP, além de um sensor de luz ambiente 3 em 1 — provavelmente para ajudar em situações de iluminação mais complexas.
A performance será garantida pelo MediaTek Dimensity 7400, um SoC de gama média-alta que, aliado a opções de 8 GB ou 12 GB de RAM e 256 GB ou 512 GB de armazenamento interno, deverá ser suficiente para satisfazer a maioria dos utilizadores, mesmo os mais exigentes.
Android 15 de fábrica e promessas de atualizações
Uma das boas surpresas é que o Edge 60 será lançado já com Android 15, o que demonstra algum compromisso por parte da Motorola em manter os seus equipamentos atualizados. A marca promete 3 grandes atualizações de sistema operativo e 4 anos de atualizações de segurança, o que se alinha com o que outros concorrentes estão a oferecer atualmente. Ainda assim, será importante ver como isso se traduz na prática, tendo em conta o histórico algo inconsistente da Motorola nesse campo.
Ecrã resistente e funcionalidades úteis
O ecrã será protegido com Gorilla Glass 7i, o que garante resistência adicional contra riscos e quedas. Terá também um leitor de impressões digitais embutido no ecrã e suporte para AquaTouch, uma tecnologia que permite o uso do ecrã mesmo com os dedos molhados — útil para quem vive em climas húmidos ou não dispensa o telemóvel na casa de banho.
A certificação IP68 e IP69 oferece proteção contra poeiras e submersão em água, o que coloca o Edge 60 acima da média neste ponto. A autonomia será assegurada por uma bateria de 5.500 mAh com carregamento rápido de 65W, uma combinação que promete boa durabilidade e tempos de carregamento reduzidos.
Mais um modelo ou algo realmente novo?
A grande questão que se coloca é: o Edge 60 traz algo verdadeiramente novo ou é apenas uma variação do que já vimos no Edge 60 Fusion? Pelas especificações e pelo design, tudo indica que estamos a olhar para uma versão muito semelhante à lançada recentemente na Índia, agora adaptada ao mercado internacional.
Se por um lado isso garante consistência na linha, por outro levanta dúvidas sobre a estratégia da Motorola. Estarão a apostar demasiado em variações de modelos, com pequenas diferenças, em vez de trazer verdadeiras inovações?
Conclusão
Do ponto de vista técnico, o Motorola Edge 60 parece ser um equipamento bem equilibrado, com boas especificações para o segmento de gama média-alta. O design é competente, o processador é eficiente, e a bateria com carregamento rápido é uma mais-valia. No entanto, a Motorola precisa de ter cuidado para não saturar o mercado com demasiados modelos semelhantes, o que pode confundir o consumidor e diluir o impacto de cada lançamento.
Vamos estar atentos a mais novidades e leaks, porque — sejamos sinceros — a chuva de lançamentos da Motorola parece não ter fim. E isso, para nós que gostamos de tecnologia, até pode ser algo positivo… desde que venha acompanhado de inovação real.
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