Mais de dez países apresentam propostas de acordos comerciais aos EUA após nova política tarifária

 

O cenário económico internacional está a aquecer, e os Estados Unidos estão novamente no centro das atenções. Segundo Kevin Hassett, diretor do Conselho Económico Nacional, os EUA receberam propostas comerciais “incríveis” de mais de dez países, na sequência da recente imposição de tarifas por parte da administração do ex-presidente Donald Trump. As declarações foram feitas esta segunda-feira e surgem num momento de incerteza económica global, mas também de movimentações diplomáticas intensas.

EUA não caminham para uma recessão, diz Hassett

Apesar das preocupações crescentes com o impacto das tarifas na economia americana, Hassett foi perentório: “Os Estados Unidos não estão a caminhar para uma recessão em 2025”. Esta afirmação contrasta com previsões mais pessimistas de alguns analistas de Wall Street, que alertam para os riscos da instabilidade política e comercial.

Segundo o conselheiro económico, as tarifas anunciadas no início do mês geraram uma onda de reacções inesperadas por parte dos parceiros comerciais dos EUA. Mais de dez países terão apresentado propostas formais para acordos bilaterais, numa tentativa de contornar os efeitos das novas barreiras alfandegárias.

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Oferta comercial supera a procura

Hassett destacou ainda que, com tantas propostas em cima da mesa, o principal dilema da administração norte-americana é de gestão estratégica: “A única questão que tenho em mente é se devemos avançar um de cada vez ou anunciar todos de uma vez”, afirmou.

Estas movimentações demonstram que, embora controversa, a política tarifária de Trump poderá estar a gerar uma vantagem negocial para os EUA — pelo menos a curto prazo. Com o apoio do Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e do Secretário de Comércio, Howard Lutnick, as propostas estão agora a ser revistas minuciosamente pela administração.

Tarifas provocam volatilidade e levantam suspeitas

Apesar do tom otimista, a política tarifária de Trump não passou isenta de polémicas. Após o anúncio de tarifas recíprocas, Trump surpreendeu ao reduzir as taxas para um valor fixo de 10% durante 90 dias, aplicável a todos os países exceto a China. Esta reversão repentina agitou os mercados financeiros, com oscilações bruscas nas bolsas de valores.

O problema agravou-se quando se soube que, horas antes do anúncio oficial, Trump publicou na sua conta da Truth Social uma mensagem ambígua: “ESTE É UM ÓTIMO MOMENTO PARA COMPRAR!!!”. A publicação foi interpretada por muitos como um sinal de alerta para possíveis práticas de negociação interna, levantando dúvidas sobre a integridade do processo.

Democratas exigem investigação da SEC

A resposta dos legisladores democratas foi imediata. O senador Cory Booker e outros representantes da oposição exigem audiências no Congresso e apelaram à SEC (Comissão de Valores Mobiliários e Bolsa) para investigar a possível existência de operações suspeitas no mercado de opções, realizadas pouco antes da reversão das tarifas.

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De acordo com relatos, terá havido um aumento invulgar nas compras de opções de compra de ações que beneficiariam diretamente com o recuo das tarifas. Se confirmadas, estas movimentações poderão configurar insider trading — algo considerado ilegal nos EUA e punível com sanções severas.

Trump nega isenção, mas a dúvida persiste

Entretanto, apesar das informações divulgadas pelos mercados e pela própria Casa Branca sobre uma “isenção temporária para eletrónicos”, Trump veio desmentir a existência de qualquer tipo de isenção. Esta incoerência nas comunicações oficiais não só prejudica a confiança dos investidores, como abre espaço para especulações e teorias de manipulação política.

Política comercial agressiva, mas perigosa

Embora seja verdade que a pressão tarifária pode ser usada como ferramenta negocial, o caminho adotado pelos EUA levanta questões sérias de ética, transparência e estabilidade do mercado. O facto de vários países estarem dispostos a negociar pode até ser um reflexo do peso económico dos Estados Unidos, mas a forma como tudo está a ser conduzido é tudo menos ortodoxa.

O uso das tarifas como moeda de troca não é novo, mas quando associado a comunicações dúbias e a potenciais irregularidades financeiras, o risco de descredibilização institucional é elevado — tanto para os EUA como para os parceiros comerciais que tentam manter relações sólidas com o país.

Por agora, resta esperar para ver quais dos acordos comerciais avançarão e se haverá, de facto, consequências legais para o comportamento recente da administração. Uma coisa é certa: o comércio global está a mudar, e os próximos meses serão decisivos para percebermos quem sairá a ganhar neste xadrez económico internacional.

 

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