Investigadores da Comissão Europeia estão a preparar-se para avaliar se devem ser impostas tarifas fiscais aos fabricantes de automóveis chineses como a BYD, a Geely e a SAIC, para proteger os fabricantes europeus de veículos elétricos. O objetivo é avaliar se a cadeia de abastecimento de VE da China foi beneficiada por subsídios e se isso causou ou poderá causar danos económicos aos fabricantes europeus. A investigação está em fase inicial e as visitas de verificação devem terminar até 11 de abril.
Os investigadores da Comissão Europeia estão a preparar-se para uma viagem ao coração da indústria chinesa de veículos elétricos. A sua missão: avaliar se devem ser aplicadas tarifas fiscais aos fabricantes chineses de automóveis, como BYD, Geely e SAIC, para proteger os fabricantes europeus de veículos elétricos. A Reuters divulgou recentemente a notícia, citando informações de três fontes conhecedoras deste audacioso empreendimento.
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Estes investigadores não estão a deixar pedra sobre pedra, e têm os seus olhos fixos em BYD, Geely e SAIC. No entanto, não se espera que visitem as fábricas de marcas não chinesas que fabricam na China, incluindo Tesla, Renault e BMW. Estes três gigantes parecem ter sido poupados à inquisição.
De acordo com informações internas, alguns investigadores já chegaram à China, enquanto outros estão a fazer os seus preparativos para visitas agendadas para este mês e fevereiro. O seu objetivo? Inspeções no local e trabalho de verificação, que essencialmente consiste em verificar as respostas dos fabricantes de automóveis às perguntas da comissão.
A investigação da Comissão Europeia ainda está na sua “fase de iniciação”, com as visitas de verificação esperadas para concluir até 11 de abril. Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, anunciou a investigação em 13 de setembro. O objetivo principal era avaliar se a cadeia de abastecimento de VE da China tinha sido impulsionada por subsídios e se esses subsídios causaram ou poderiam causar danos económicos aos fabricantes europeus de VE.
O cronograma para esta investigação é bastante claro: um máximo de 13 meses a partir do início para concluir a investigação. Se consideradas legalmente justificadas, as medidas provisórias anti-subsídios podem ser impostas no prazo de nove meses a contar do início, seguidas de medidas definitivas no prazo de quatro meses ou, no máximo, de 13 meses do início da investigação.
A China, como era de esperar, manifestou a sua objeção, alegando que a investigação carecia de provas suficientes e violava as regras da OMC. O Ministério do Comércio da China não poupou palavras, rotulando esta ação como “comportamento protecionista flagrante” que poderia perturbar e distorcer gravemente a indústria automóvel global.
Stella Li, vice-presidente executiva da BYD, afirmou que a empresa continuará a procurar um crescimento sólido na Europa, cooperando plenamente com as autoridades da UE para dissipar quaisquer preocupações sobre as suas práticas de produção.
Relatórios iniciais do ano passado indicaram que a Tesla estava entre as empresas potencialmente beneficiadas pelos subsídios chineses, uma revelação descoberta durante a fase de recolha de provas da UE. Além disso, a 6 de outubro, a Bloomberg revelou que a UE tinha entrado em contato com a BMW, solicitando informações sobre os carros BMW iX3 produzidos em fábricas chinesas e exportados globalmente, como parte da investigação em curso.
Num clima de crescente preocupação com as práticas comerciais internacionais, a investigação da UE pretende proteger a sua indústria automobilística doméstica. As potenciais repercussões são significativas, não apenas para os fabricantes de automóveis chineses, mas também para o panorama automóvel em geral.
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Fonte: Reuters
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