Os EUA sempre disseram aos seus aliados que desistissem do 5G da Huawei.
Este conflito velado entre a Huawei e os EUA é mais complexo do que á partida se pode pensar. Os argumentos e jogadas de parte a parte levam a crer que estamos perante um jogo de xadrez do qual não conhecemos todas as regras. Os EUA sempre disseram aos seus aliados que desistissem do 5G da Huawei. Os EUA acreditam ,alegadamente, que o 5G da Huawei não é seguro e possui backdoors que darão acesso indevido ao governo chinês. Apesar de todas as pressões e alegações por parte dos americanos, o governo alemão recentemente removeu a cláusula que poderia excluir a Huawei da participação na construção da rede 5G do país. Isso significa que a Huawei pode entrar no mercado alemão de 5G. A Alemanha é uma das principais potências da Europa, portanto a sua decisão provavelmente influenciará outras nações. Isso significa que a tentativa dos EUA de prejudicar a Huawei através de pressões políticas está a falhar redondamente.
Relativamente a esta reconciliação entre a Alemanha e a Huawei, os EUA manifestaram “preocupação”. Rob Strayer, vice-secretário de Estado dos EUA para Política de Redes e Comunicações, aponta que se a Alemanha permitir que a Huawei participe da sua construção de rede 5G, os EUA reavaliarão a sua partilha de informação secreta com a Alemanha.
A Huawei é parceira de várias operadoras de telecomunicações alemãs. Estas operadoras já disseram anteriormente que, se a proibição á Huawei for implementada na Alemanha, isso atrasará a implementação de redes 5G por muitos anos. Isso não atrasará o seu 5G, mas também custará ao país milhares de milhóes de euros.
Atualmente, a Huawei é o maior fornecedor mundial de equipamentos de telecomunicações 5G com uma participação de mercado superior a 28%. Está á frente de empresas europeias como Ericsson e Nokia. A rede 5G da Huawei já conta com mais de 50 pedidos em todo o mundo. Além disso, já colocaram em serviço mais de 150.000 unidades de estações base 5G em todo o mundo.
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