Estudo da Accenture revela o que esperar de um Mundo “pós-digital”

De acordo com o relatório deste ano, intitulado “The Post-Digital Era is Upon Us – Are You Ready for What’s Next?”, o mundo empresarial está num ponto de viragem.

Segundo o estudo mais recente da Accenture, as empresas estão atualmente a entrar numa era “pós-digital”, onde o sucesso será baseado na capacidade de uma organização dominar um conjunto de novas tecnologias de forma a entregar experiências e realidades personalizadas a clientes, colaboradores e parceiros. O Accenture Technology Vision é um relatório anual elaborado pela Accenture que antevê as tendências tecnológicas que irão redefinir os negócios nos próximos três anos.

De acordo com o relatório deste ano, intitulado “The Post-Digital Era is Upon Us – Are You Ready for What’s Next?”, o mundo empresarial está num ponto de viragemAs tecnologias digitais permitem às organizações perceber os seus clientes com uma maior granularidade; fornecem-lhes novos canais para chegar aos consumidores; e alinham as boas práticas da colaboração na economia atual, um verdadeiro ecossistema interconectado. Mas o digital já não é por si só um diferenciador: com a democratização das ferramentas digitais, a grande vantagem competitiva será a capacidade de fornecer experiências altamente customizadas, à velocidade do “agora”.

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Na verdade, quase quatro em cinco (79%) das mais de 6.600 empresas e executivos de IT de todo o mundo inquiridos pela Accenture acreditam que as tecnologias digitais – especificamente social, mobile, analytics e cloud – passaram da fase da adoção para se tornarem parte da tecnologia de base nas organizações.

Um mundo pós-digital não significa que o digital acabouafirma Paul Daugherty, Chief Technology & Innovation Officer da Accenture. Pelo contrário, coloca-se um novo desafio: com todas as organizações a desenvolverem as suas competências digitais,como é que cada um se vai diferenciar? Nesta era, simplesmente “fazer digital” não é suficiente. O nosso relatório Technology Vision destaca a forma como as organizações devem usar as novas tecnologias para inovar os modelos de negócio e personalizar as experiências para clientes. Ao mesmo tempo, os líderes devem reconhecer que valores humanos, como a confiança e responsabilidade, não são apenas buzzwords, mas fatores-chave para o sucesso.

O relatório Technology Vision identifica cinco tendências tecnológicas emergentes que as organizações devem considerar para serem bem-sucedidas num contexto em constante evolução:

  • Poder DARQ: Tecnologia como Distributed ledgers, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada Computação Quântica (DARQ) são catalisadores de mudança, oferecendo capacidades extraordinárias e permitindo aos negócios reconfigurar por completo o seu setor de atividade. Quando lhe foi solicitado que classificassem qual destas tecnologias terá um maior impacto na sua organização nos próximos três anos, 41% dos executivos colocou a IA em primeiro lugar – mais do dobro de qualquer outra tecnologia DARQ.
  • Get to Know Me: As interações baseadas em tecnologia estão a criar uma identidade tecnológica para cada consumidor. Todo este novo conhecimento será crucial para compreender a próxima geração de consumidores e oferecer relações ricas, individualizadas e baseadas em experiência. Mais de quatro em cinco executivos (83%) afirmou que as demografias digitais proporcionam às suas organizações uma nova forma de identificar oportunidades de mercado para as necessidades não satisfeitas dos consumidores.
  • Human + Worker: À medida que as equipas de trabalho se tornam “human+”, cada colaborador recebe um novo e crescente conjunto de capacidades alavancadas pela tecnologia e as organizações devem apoiar esta nova forma de trabalhar na era pós-digital. Mais de dois terços (71%) dos executivos acredita que os seus colaboradores são mais maduros a nível digital do que a sua organização e têm a expectativa que a organização os acompanhe.
  • Secure Us to Secure Me: Tendo em conta que os negócios dependem de interligações, essas ligações aumentam a sua exposição a riscos. As organizações líderes nestes ecossistemas interligados reconhecem que a dedicação ao tema da cibersegurança deverá estar em paridade com os esforços desenvolvidos para entregar os melhores produtos, serviços e experiências. Apenas 29% dos executivos afirma saber que os seus parceiros estão a trabalhar de forma diligente para ser compatível e resiliente no que diz respeito à segurança.
  • MyMarkets: A tecnologia está a criar um mundo de experiências extremamente personalizadas e on-demand, e as empresas devem reinventar-se para encontrar e capturar essas oportunidades. Isto significa olhar para cada oportunidade como um mercado individual – um mercado momentâneo. Seis em sete executivos (85%) afirma que a integração de uma entrega personalizada e em tempo real é a próxima grande vantagem competitiva.
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De acordo com o relatório da Accenture, a inovação para organizações na era pós-digital implica perceber como moldar o mundo em torno das pessoas e escolher o momento certo para oferecer-lhes cada produto e serviço. São os primeiros passos num mundo que se adapta a cada indivíduo. Um mundo onde produtos, serviços e até a fidelização das pessoas é personalizada e onde os negócios são concebidos para todos os aspetos das nossas vidas, definindo a realidade.

Uma empresa que está a elevar a personalização e a individualização a outro nível é a Zozotown, a maior empresa de e-commerce do Japão. As suas Zozosuits skintight spandex em parceria com a app Zozotown permitem obter as medidas exatas de cada cliente e as peças feitas à medida desta linha de roupa são entregues em 10 dias. E não é apenas na indústria da moda que a tecnologia está a permitir a personalização. Sam’s Club, um retalhista dos Estados Unidos da América, desenvolveu uma aplicação que utiliza machine learning e dados das últimas compras dos consumidores para preencher automaticamente as suas listas de compras; a empresa planeia adicionar uma função de navegação para mostrar rotas otimizadas na loja para cada item naquela lista.

O relatório observa que as organizações que ainda estão a finalizar a sua jornada de transformação digital estão à procura de uma vantagem específica, quer seja um serviço inovador, uma maior eficiência ou mais personalização. Mas asempresas pós-digitais vão ultrapassar a concorrência ao combinarem estas forças para mudarem a forma como o mercado funciona – de um mercado, para muitos mercados personalizados – on-demand e no momento, tal como a plataforma de e-retail chinesa JD.com está a fazer com a sua plataforma “Toplife”. Este serviço ajuda terceiros a vender através da JD ao criarem lojas personalizadas, fornecendo acesso à sua cadeia de valor com robótica de ponta e entrega com drones. Numa parceria com o Walmart, uma loja física em Shenzhen irá oferecer mais de 8.000 produtos disponíveis para compra no momento ou entregues a partir da loja em menos de 30 minutos. Ao oferecer uma personalização e velocidade sem precedentes, a JD está a capacitar outras empresas enquanto cria um novo mercado para si mesma.

Durante quase duas décadas, a Accenture tem feito uma análise sistemática ao contexto empresarial para identificar tendências tecnológicas emergentes que têm maior potencial para ajudar negócios e setores na disrupção. Para mais informação sobre o relatório deste ano, visite www.accenture.com/technologyvision ou siga no Twitter a hashtag #TechVision2019.

Sobre a metodologia

O relatório Accenture Technology Vision é desenvolvido anualmente pela Accenture Labs e pela Accenture Research. Para o relatório de 2019, o processo de pesquisa incluiu a recolha de inputs do Technology Vision External Advisory Board, um grupo constituído por mais de duas dezenas de indivíduos com experiência dos setores público e privado, meio académico, empresas de capital de risco e startups. Adicionalmente, a equipa do Technology Vision conduziu entrevistas a executivos da área de IT e especialistas da indústria, assim como a cerca de 100 executivos da Accenture. Em paralelo, a Accenture Research conduziu um inquérito global online a 6.672 executivos das áreas de negócio e de IT para recolher insights para a adoção de tecnologias emergentes. O inquérito ajudou a identificar problemas e prioridades essenciais para a adoção de tecnologia e investimento. Os entrevistados foram executivos C-level e diretores de empresas em 27 países e 20 indústrias, na sua maioria com receitas anuais acima dos 6 mil milhões de dólares.

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