Cuidados a ter quando usa o HomeBanking e Aplicativos móveis

Human hands with tablet PC and credit card during lunch

Em particular, registou-se um crescimento de 10%, só entre 2017 e 2018, derivado do maior uso de aplicações móveis de acesso ao HomeBanking.

De acordo com dados de 2018 publicados pelo INE, 52% dos portugueses acedem à sua área pessoal do banco para efeitos de consulta e gestão. Esta percentagem de utilização, que já corresponde a mais de metade dos portugueses, tem vindo aumentar na última década. Em particular, registou-se um crescimento de 10%, só entre 2017 e 2018, derivado do maior uso de aplicações móveis de acesso ao HomeBanking. De facto, os utilizadores que acedem à Internet no seu smartphone são cada vez mais: 79% dos portugueses recorre ao seu dispositivo móvel para aceder à internet. Entre estes, 67% utilizam ou instalam aplicações no smartphone, verificando-se especial incidência na camada mais jovem da população.

Não obstante a comodidade que o uso de aplicativos móveis oferece – seja para acesso remoto aos portais bancários, consulta rápida de informação ou para envio de mensagens online – deve ter em consideração determinadas precauções de uso.

Cuidados a ter quando usa o HomeBanking e Aplicativos móveis 1

HomeBanking: o porquê de aceder online à sua conta bancária

Um dos principais benefícios do HomeBanking é a conveniência. Atualmente, as instituições bancárias já possibilitam a realização da maioria dos serviços de gestão financeira via Internet, recorrendo-se ao computador, à aplicação no telemóvel ou ao tablet para o efeito.
O HomeBanking permite a consulta de extrato, a transferência de montantes, o pagamento de serviços, entre muitos outros. A liberdade de gerir as finanças pessoais, em qualquer local e a qualquer hora, permite maior conforto e simplifica o dia-a-dia.

O e-banking possibilita que o seu utilizador tenha um controlo mais eficaz dos seus gastos, já que alguns bancos dispõem de uma área pessoal onde as suas despesas são apresentadas por género e associadas ao local e à data do gasto. Para além disto, alguns serviços que habitualmente estão sujeitos a taxas acrescidas se realizados no balcão físico do banco, são gratuitos ou têm custo reduzido, quando executados via HomeBanking.

Como se processa o acesso ao HomeBanking

Para entrar na área pessoal do portal bancário, é necessário atravessar um processo de autenticação que, geralmente, envolve a introdução do número da conta ou username e uma password. Este primeiro nível de segurança pode envolver mais passos, nomeadamente a indicação de determinadas posições do número fiscal ou de identificação.

Na área HomeBanking, encontram-se disponíveis para consulta todo o historial de movimentos, a listagem de produtos financeiros e de investimento adquiridos ou possíveis de adquirir, o saldo bancário, entre muitos outros. Para além disto, o Internet Banking permite a realização de inúmeros procedimentos de gestão bancária.

Os bancos garantem segurança?

As instituições bancárias nacionais garantem níveis de segurança adequados aos seus utilizadores. Fazem-no por intermédio de uma série de procedimentos, como é o caso da encriptação de dados no website (via protocolo de URL para o efeito) e sujeitando a concretização das operações a procedimentos de segurança elevados.
Em relação a este último ponto, em Portugal é comum o uso do cartão matriz. Para validação de uma transação, é solicitada ao utilizador a inserção de um dos muitos conjuntos numéricos apresentados neste cartão.
Para além do uso do cartão matriz, muitos bancos recorrem à validação de operações via envio de um SMS com determinado código: processo conhecido como “sms token”.

Outros bancos dispõem, ainda, de serviços de reforço de segurança, como é o caso do sistema de alertas por e-mail e/ou SMS, do Unibanco. Este sistema notifica o utilizador sobre eventos relacionados com o seu extrato, sempre que uma despesa é realizada.

O download de aplicativos móveis é seguro?

Muitos de nós damos pouca importância às questões de privacidade que envolvem o uso das aplicações de smartphone. Considerando que uma grande parte partilha dados do utilizador com terceiros, é útil ter em consideração algumas precauções de uso.

De acordo com um estudo realizado, são mais de 70%, os aplicativos que transmitem informação pessoal a outras entidades, como Google Analytics, Facebook Graph API ou Crashlytics (empresa de software detida pelo Google).
Em geral, as aplicações solicitam as devidas permissões para recolher dados existentes no smartphone e, na maioria das vezes, estas apps realmente precisam de tais consentimentos para o seu correto funcionamento.
Contudo, uma vez concebida tal permissão, os dados são partilhados com inúmeros terceiros que, por sua vez, ficam a conhecer o nosso perfil e comportamento online.

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Para além da partilha de dados pessoais, os aplicativos móveis também podem constituir uma ameaça em termos de propagação de malware no smartphone.

Habitualmente, esta intrusão no dispositivo ocorre via download de um ficheiro malicioso. Uma vez infetado, os dados contidos no smartphone ficam ainda mais vulneráveis a ataques externos.

Assim, a precaução deve existir mesmo que apenas recorra ao Google Play para download de apps. No final de 2018, a Cuidados a ter quando usa o HomeBanking e Aplicativos móveis reportou que meio milhão de utilizadores teriam feito download de um vírus disfarçado de um aplicativo de corrida que estava disponível na loja de apps do Google.

Como garantir a segurança do uso de aplicações móveis? E do acesso ao HomeBanking?

No caso do HomeBanking, apesar da segurança existente e acima descrita, é necessário que o utilizador reconheça que a circulação de dados sensíveis na Internet envolve a necessidade de ter cuidados extra, para além da proteção que o banco já garante.

Evite, por exemplo, ficar vulnerável aos ataques fraudulentos, que muitas vezes chegam até nós via e-mails ou mensagens suspeitas. Um conhecido método de fraude é o vulgarmente conhecido como phishing, que consiste no envio de e-mails que simulam serem provenientes do próprio banco. No conteúdo do e-mail, é solicitado ao utilizador que clique numa ligação. Desta forma, é redirecionado para uma página de interface similar à da própria instituição bancária, e onde são solicitados os dados de acesso ao HomeBanking.
Não obstante os mecanismos de segurança assegurados pelas instituições bancárias, é essencial que se proteja. O mesmo se aplica aos aplicativos móveis que, apesar da transparência e credibilidade da maioria, exigem atenção no seu uso.

Usar o HomeBanking: Medidas de Prevenção

Ao visitar a sua área HomeBanking, opte por escrever o endereço completo da página online do seu banco
Evite a utilização direta de hiperligações que alegadamente o reencaminharão para a sua área pessoal bancária. Uma vez no portal, certifique-se de que a ligação usada está encriptada via protocolo “https” (em lugar do “http”). Ignore conteúdo de e-mails que não inspirem confiança ou considerados “Spam”.
Garanta que os seus dispositivos – computador, tablet e smartphone – se encontram protegidos com um software antivírus

Mantenha os seus dispositivos devidamente atualizados. Verifique as atualizações regulares do seu sistema operativo, pois muitos dos updates requeridos previnem novas formas de ataque.

Evite a utilização de redes Wi-Fi públicas

Quando usadas, aumentam o estado de vulnerabilidade a ataques informáticos. Aliado a isto, evite aceder ao HomeBanking através de computadores, tablets ou smartphones partilhados.

Defina dados de acesso segundo níveis adequados de segurança

As passwords escolhidas devem conter um conjunto pouco óbvio de números e letras. Deve evitar o uso constante da mesma palavra-passe em todos os seus registos e ligações. Caso esta seja descoberta por alguém, poderá contribuir para que determinada intrusão fraudulenta se estenda à sua conta bancária e restantes áreas reservadas.

Consulte regularmente o seu extrato bancário

Esteja atento a todos os movimentos registados, e dê preferência ao uso de cartões virtuais no momento da compra online.

Reveja as permissões e os termos e condições das suas aplicações móveis

Se vai conceder acessos a determinado aplicativo, certifique-se que confia no respetivo provedor. Igualmente, inteire-se dos termos e condições e da política de privacidade.

Instale aplicações móveis provenientes de fontes credíveis

Ainda que devam existir precauções decorrentes do uso do Google Play ou da App Store, a segurança de um download aqui realizado é superior comparativamente a outras fontes. Em particular, para aceder ao HomeBanking, certifique-se que o provedor do aplicativo que está a instalar é sua instituição bancária. Consulte os comentários da app que pretende adquirir e analise a experiência de outros utilizadores ao usá-la.

Apesar de todas as medidas de precaução aqui referidas, e fundamentais na gestão segura da sua conta bancária e do seu smartphone, a comodidade e o crescente reforço de segurança que caracterizam o HomeBanking e o uso de aplicativos móveis tornam estes recursos extremamente populares entre pessoas e empresas.

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