Caos nos voos pode ser uma oportunidade para ganhar dinheiro

Voar é uma experiência incrível, mas, infelizmente, quase tudo sobre ela é ruim e está piorando ao longo do tempo. Uma das questões que tem sido debatida há algum tempo é quem deve arcar com os custos quando algo dá errado. As companhias aéreas têm sido relutantes em assumir a responsabilidade, preferindo que os passageiros paguem por suas próprias acomodações em caso de atrasos ou cancelamentos. No entanto, isso pode estar prestes a mudar.

De acordo com uma nova proposta da administração Biden, as companhias aéreas serão responsáveis por reembolsar os passageiros por hotéis, refeições e outras despesas quando seus voos forem cancelados ou atrasados. Isso ocorre após uma série de falhas espetaculares de companhias aéreas, como a Southwest Airlines, que deixaram milhares de passageiros abandonados durante as temporadas de viagens movimentadas.

Segundo o Bureau of Transportation Statistics, a taxa de cancelamento de voos tem aumentado constantemente nos últimos quatro anos (excluindo 2020 devido à pandemia). Em 2022, a taxa de cancelamento global foi de 2,69%, o que equivale a 181.286 voos cancelados. Houve 1.376.798 atrasos de chegada em 2022, uma taxa de 20,46% dos voos.

A proposta também expande o Airline Customer Service Dashboard em FlightRights.gov, que mostra quais companhias aéreas oferecem compensação quando os voos são cancelados ou atrasados. A partir de agora, as seguintes categorias serão adicionadas:

– Compensação em dinheiro quando o cancelamento ou atraso resulta em espera de três horas ou mais a partir do horário de partida programado;
– Crédito de viagem / voucher quando o cancelamento ou atraso resulta em espera de três horas ou mais para o horário de partida programado;
– Milhas de passageiro frequente quando o cancelamento ou atraso resulta em espera de três horas ou mais para um voo a partir do horário de partida programado.

A definição de “cancelamento e atraso controláveis” será essencial para determinar quem receberá o quê, quanto e quando. A intenção é forçar as companhias aéreas a melhorar suas estatísticas de pontualidade. No momento, nenhuma companhia aérea oferece compensação em dinheiro por cancelamentos ou atrasos evitáveis. Algumas empresas garantem milhas de passageiro frequente ou distribuem créditos de viagem ou vouchers. Não há exigência legal nos Estados Unidos para que as companhias aéreas ofereçam compensação em dinheiro por atrasos ou cancelamentos, mas a União Europeia exige que elas paguem até 600 euros.

É importante destacar que a indústria aérea não está satisfeita com essa proposta e fará lobby vigorosamente contra ela. A Airlines for America, que representa a maioria das principais companhias aéreas, disse à Reuters que as companhias aéreas “não têm incentivo para atrasar ou cancelar um voo e fazem tudo o que está em seu controle para garantir que os voos partam e cheguem no horário, mas a segurança é sempre a maior prioridade”.

Essa é a mais recente tentativa da administração Biden de reformar as viagens aéreas após críticas por uma série de falhas recentes nos voos. Recentemente, foi proposto que as companhias aéreas devolvam o dinheiro aos passageiros por serviços que não foram fornecidos, como Wi-Fi quebrado.

Em conclusão, a proposta do governo Biden pode ser um grande passo para melhorar a experiência de viagem para os passageiros aéreos. As companhias aéreas deveriam ser responsáveis por seus próprios erros e compensar os passageiros quando isso ocorrer. Esperamos que essa proposta seja aprovada e implementada em breve, tornando as viagens aéreas mais justas e agradáveis para todos.

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