A questão que se coloca é: O que pode um utilizador fazer?
Uma das maiores preocupações quando compramos um novo smartphone é a sua bateria e consequente autonomia. As fabricantes têm ainda um longo caminho a percorrer até conseguirem apresentar um equipamento que não tenha que ir à carga após algumas horas de utilização. A questão que se coloca é: O que pode um utilizador fazer?
Para respondermos a essa pergunta de uma forma mais informada, vamos primeiro revisitar alguns conceitos e noções sobre as baterias dos smartphones, para sabermos do que estamos a falar.
Como ocorre com qualquer tipo de bateria, existe um fluxo de electrões que sai de um pólo, alimentam o equipamento e depois entra no pólo oposto. Além disso, a bateria deve ser ligada a uma tomada com tensão mais elevada para se recarregar.
Se isso funcionasse na prática como na teoria, não existiriam problemas e teríamos baterias que funcionariam por centenas de anos. Infelizmente, há reações e efeitos indesejáveis durante o processo influenciando negativamente e de forma gradual o funcionamento da nossa bateria. E por enquanto não podemos evitá-los.
Neste artigo vão encontrar:
Antes de começar a listar as coisas que não funcionam, gostaria de reforçar que as baterias de lítio são no momento essenciais para os smartphones e outros dispositivos que requerem pouca potência, pois elas são menores e mais leves do que outras tecnologias.
Elas podem ser construídas de modo a preencher eficientemente os espaços, se descarregam pouco quando não utilizadas (5% menos contra 20-30% de outras) e não sofrem o efeito da memória, portanto não precisamos carregá-las até ao máximo ou esperar que se descarreguem para ligar à tomada.
Dito isso, a química não é segura como nas outras. De facto, além de requerer diversos sistemas de segurança obrigatórios no seu interior, elas têm pontos fracos e algumas dicas podem otimizar o seu uso.
O primeiro problema das baterias de lítio é a temperatura. Todas as baterias sofrem com o calor, mas as de lítio são particularmente sensíveis. Um exemplo é que as pessoas que moram em regiões mais frias têm baterias que duram mais do que quem mora em regiões tórridas.
Além da temperatura, as nossas baterias sofrem muito com a sobrecarga. Quero dizer que, se carregadas com carregadores não oficiais e com correntes muito elevadas, podem pegar fogo ou explodir. Por isso no seu interior existem diversos circuitos de proteção.
CONSELHO: usem apenas carregadores oficiais e não deixem o smartphone a carregar por mais de 8-10 horas.
As baterias de lítio podem ser danificadas irremediavelmente se chegarem a 0% de carga. Isso em parte é evitado por um sistema de segurança que desliga o telefone se a bateria chega a 5% (indicando, contudo, que está em 0%), mas ainda assim é perigoso chegar a níveis tão baixos – ela pode morrer mesmo se não carregada.
CONSELHO: manter uma carga entre 20 e 80%. Como já dito, essas baterias não sofrem com o problema da memória. É inclusive preferível fazer mais recargas que duram menos tempo do que uma apenas uma de maior duração.
O maior problema das baterias de lítio é que, mesmo se não forem utilizadas, elas passam pelo processo de deterioração, perdendo até 20% de carga por ano. Isso quer dizer que, mesmo quando conservadas da melhor maneira, depois de dois anos a sua capacidade será a metade, e com ela o tempo de funcionamento do nosso smartphone.
CONSELHO: não comprar baterias de reserva se não for extremamente necessário (e nesse caso conservá-las seguindo os conselhos precedentes a respeito da temperatura).
Recapitulando as medidas a serem tomadas ou evitadas para otimizar a duração da sua bateria:
Por fim, lembrem-se de que após 2 ou 3 anos, talvez antes, a bateria deve ser trocada para que o tempo de uso possa ser novamente satisfatório.
![]() |
Fundador do Androidgeek.pt. Trabalho em TI há dez anos. Apaixonado por tecnologia, Publicidade, Marketing Digital, posicionamento estratégico, e claro Android <3