A primeira é que gigantes como a Samsung já estão a planear reduzir a sua produção. Enquanto a Apple está a planear um aumento de preços muito substancial que irá afectar os seus novos iPhones para compensar o aumento dos custos de produção.
Já dissemos há alguns meses que 2022 ia ser um mau ano para os smartphones. E a verdade é que, com a inflação a níveis máximos em praticamente todo o planeta, já se prevêem notícias muito negativas para a nossa indústria. A primeira é que gigantes como a Samsung já estão a planear reduzir a sua produção. Enquanto a Apple está a planear um aumento de preços muito substancial que irá afectar os seus novos iPhones para compensar o aumento dos custos de produção.
E os telemóveis nunca foram tão caros como agora, com um preço médio de mais de 300 dólares no último ano. Isto não é negligenciável, e irá certamente aumentar em 2022 mesmo que isso signifique um colapso nos números de vendas que já estava previsto desde o início do ano, com a Samsung e a Apple precisamente como grandes beneficiários.
Segundo os analistas, a Apple está a preparar-se para um aumento do preço do iPhone 14. Desta vez foi o pessoal da GizChina que ecoou uma notícia que se espalhou como fogo pelos media norte-americanos, depois de Dan Ives, um analista da Wedbush Securities, ter dito ao The Sun que “um aumento de preço de cerca de 100 dólares está no horizonte para o iPhone 14”, devido à alta inflação e ao custo de produção mais elevado.
“Os preços subiram globalmente em toda a cadeia de fornecimento”, disse Dan Ives, um analista da Wedbush Securities. “A Apple precisa de passar esses custos para o consumidor nos seus próximos lançamentos”
A verdade é que a inflação tem assolado o mercado durante meses, e estamos todos imersos num mar de aumentos de preços que parecem não ter fim. Isto irá sem dúvida criar um mau precedente na indústria dos smartphones, onde o que sobe não costuma voltar a descer.
Em qualquer caso, há que reconhecer que, embora o mundo esteja a começar a resistir à tempestade Covid e a aliviar os problemas globais de logística e inventário, ainda há uma evidente escassez de semicondutores e chips em todo o mundo. Esta seria a principal razão para este aumento de preços por parte da Apple.
Segundo o próprio Dan Ives, a Samsung seguiu outras empresas concorrentes para aumentar o preço dos seus chips em 20%, e várias outras empresas que fabricam componentes também aumentaram os seus preços por várias razões. Parece lógico que a Apple queira transmitir este aumento de custos aos seus clientes e utilizadores, tanto regulares como potenciais.
O mais preocupante não é que a Apple queira manter as suas margens aumentando o preço dos seus melhores iPhones, mas que toda a indústria tenha uma tendência inerente a segui-los em todas as suas decisões, pelo que poderíamos experimentar um aumento de preços muito generalizado até ao final de 2022.
De qualquer modo, para mim o pior de tudo isto é a facilidade habitual que o resto dos fabricantes tem de seguir a Apple em quase todos os seus movimentos e estratégias. Assim, não seria irrazoável esperar um aumento generalizado dos preços também no catálogo do Android, enfrentando o terceiro e quarto trimestres de 2022.
Seja como for, há espaço para a esperança, já que os próprios analistas afirmam que a Apple estaria a estudar muito bem as possibilidades de evitar que este sensível aumento de preços pudesse afectar os consumidores e os números de vendas do seu próximo iPhone, podendo apenas transferir estes custos mais elevados para os modelos “Pro” mais caros e assim manter as unidades de nível básico a preços semelhantes aos actuais.
De facto, e ainda por cima, fala-se em todos os corredores que apenas o iPhone 14 Pro, o iPhone 14 Pro Max, e as variantes acessíveis apresentarão o mais recente chipset biónico Apple A16, deixando o antigo Apple A15.
Poderá isto explicar porque é que apenas o ‘Pro’ subirá de preço, e será este o caso no final? Muitas perguntas permanecem no ar…
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