Historicamente os eventos de apresentação da Apple, sempre foram algo mais do que uma aborrecida conferência de tecnologia. Todos os eventos da Apple contaram com algum elemento de entretenimento. Todos sorrimos quando o mítico Steve Jobs revelou as meias ipod, e Tim Cook, embora não seja o mesmo homem espetáculo, percebe a importância de que os momentos fiquem na memória dos participantes.
Historicamente os eventos de apresentação da Apple, sempre foram algo mais do que uma aborrecida conferência de tecnologia. Todos os eventos da Apple contaram com algum elemento de entretenimento. Todos sorrimos quando o mítico Steve Jobs revelou as meias ipod, e Tim Cook, embora não seja o mesmo homem espetáculo, percebe a importância de que os momentos fiquem na memória dos participantes.
O evento da Apple na segunda-feira foi diferente do que vemos habitualmente por parte da empresa de Cupertino, no qual havia muito pouco para anunciar (novos preços do Apple Music, novas cores de HomePod, quase novos AirPods) e especificações técnicas em cascata de um par de Chipsets que levaram até os mais entusiastas a bocejar. O produto que traria a pontinha cómica deste ano, o pano de ecrã – nem sequer foi mencionado. O keynote durou 50 minutos, tornando-o mais curto de todos os tempos da Apple.
As más linguas dizem que este é um indicador de que a empresa está a perder o fôlego criativo. A Apple foi criticada, até mesmo pelo Macworld, por ter poucas novidades no evento de lançamento do iPhone 13 em setembro. Um mês depois, o departamento de marketing não parece ter mais nada para apresentar.
Se tivessem ações na Apple, esta seria uma boa altura para pensar em vender?!
O único humor neste evento foi, na nossa opinião , o Plano de voz Apple Music, que custa US $ 5 por mês, mas elimina a possibilidade de escrever para realizar pesquisas (funciona apenas com a Siri), sim, leram bem. Além disso, em termos de marketing, é uma espécie de tiro no pé: se a Siri é tão boa, por que é que o plano apenas com Siri custa metade do preço?
A introdução do novo Macbook Pro também teve os seus momentos de confusão. Tudo o que era antigo é novo e interessante neste Macbook. Ele traz de volta o carregamento Magsafe , mantêm Touch ID (porque é mais seguro) em vez de “atualizar” para o Face ID, e ainda tem o conector de fone de ouvido de 3.5mm que a Apple tirou dos iPhones há algum tempo.
O Touch ID e entrada de fones de ouvido com fio são demasiado antiquados para o iPhone, mas são indispensáveis num notebook que é suposto ser o melhor?
A Apple parece estar, finalmente, a tornar-se um conglomerado de tecnologia aborrecido como tantas outras, com apresentações aborrecidas e sem carisma. Sabemos que os fãs ferrenhos defenderão qualquer coisa que a Apple fizer – mas tirando os novos chipsets, que apesar da sua nomenclatura e organização confusa, são peças de engenharia extraordinária, o que é que a Apple fez ontem?
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