YouTube está a lançar uma versão económica do seu serviço premium, chamada YouTube Premium Lite. Ideal para quem quer uma experiência sem anúncios a um preço mais acessível. Saiba mais aqui.
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O YouTube é, sem dúvida, uma das plataformas de streaming de vídeo mais populares em todo o mundo. Com milhares de criadores de conteúdo a produzir vídeos sobre os mais variados temas, desde vlogs de viagens a tutoriais de culinária e podcasts de tecnologia, não é surpreendente que muitos utilizadores procurem alternativas para contornar os anúncios. Pensando nisso, o Google, responsável pelo YouTube, decidiu expandir o seu ecossistema de subscrições com o YouTube Premium Lite. A ideia é oferecer uma versão mais simples e económica do YouTube Premium, que permita assistir a vídeos sem publicidade, mas sem incluir algumas das funcionalidades avançadas disponíveis no plano completo.
De acordo com informações divulgadas pela Bloomberg, o YouTube Premium Lite será lançado inicialmente na Austrália, Alemanha, Tailândia e Estados Unidos. Curiosamente, os EUA não participaram na fase de testes que o YouTube realizou noutros mercados europeus em 2021, mas fazem agora parte da lista de territórios onde a versão Lite será disponibilizada primeiro.
Esta decisão estratégica pode refletir a enorme base de utilizadores do YouTube nos EUA, onde o consumo de conteúdos de vídeo online é bastante significativo. Embora não haja detalhes exatos sobre as razões de cada escolha geográfica, é provável que o Google tenha em conta vários fatores, como hábitos de consumo e o potencial de adesão a este plano.
O YouTube Premium Lite é pensado principalmente para quem vê vídeos “genéricos” — isto é, conteúdo que não está focado em música ou em videoclipes oficiais de artistas. Assim, esta subscrição concentra-se em remover anúncios de tutoriais, podcasts, reviews de produtos, clipes de videojogos e vloggers, entre outros.
No entanto, os videoclipes musicais continuam a exibir anúncios, o que significa que, se a sua principal motivação é ver música sem interrupções, deverá manter-se no YouTube Premium completo ou optar por outro serviço, como o YouTube Music Premium. Aliás, o plano Lite não inclui o YouTube Music Premium, que faz parte do pacote integral do YouTube Premium.
Para além disso, ainda não está confirmado se a versão Lite possibilitará o download de vídeos para visualização offline ou a reprodução em segundo plano (função que permite reproduzir apenas o áudio do vídeo enquanto usa outras apps ou quando o ecrã do telemóvel está desligado). São funcionalidades presentes na versão completa do YouTube Premium, mas não há garantias de que estejam incluídas no plano Lite.
A principal razão para a criação de um plano Lite tem que ver com o facto de muitos utilizadores já disporem de um serviço de música à parte, seja o Spotify, Apple Music, Amazon Music ou outro. Para essas pessoas, subscrever o YouTube Premium completo apenas para remover anúncios de vídeo pode parecer caro, sobretudo se não tirarem partido do YouTube Music Premium.
Assim, o YouTube Premium Lite alivia a carteira, oferecendo uma experiência de visualização sem publicidade para quem passa horas a ver podcasts, tutoriais, reviews de produtos e vídeos de entretenimento — mas, ao mesmo tempo, mantém os anúncios nos conteúdos musicais. Para quem raramente utiliza o YouTube para ouvir música, essa limitação pode não ser um grande problema.
Até ao momento, o Google não forneceu detalhes concretos sobre datas de lançamento finais e valores de subscrição. Tampouco se sabe se haverá planos de expansão para mais países no futuro próximo. Dada a popularidade do YouTube, é razoável imaginar que, caso o lançamento inicial seja bem-sucedido, a empresa ponderará alargar o serviço a outras regiões.
Outro fator a considerar é o cenário competitivo no mercado de streaming. Várias plataformas de vídeo, como a Netflix, Amazon Prime Video e Disney+, trabalham com catálogos de conteúdos originais, mas o YouTube segue a sua própria linha ao enfatizar os criadores independentes e a enorme diversidade de canais de nicho. Ainda assim, a concorrência pode ditar que o Google faça ajustes no preço do YouTube Premium Lite, para torná-lo mais apelativo e sustentado a longo prazo.
Uma questão que inevitavelmente surge é o impacto deste novo plano no rendimento dos criadores de conteúdo. O YouTube gera boa parte do seu lucro através de publicidade e, por extensão, partilha parte dessa receita com os seus criadores parceiros. Reduzir a exibição de anúncios sem um aumento proporcional de subscrições pode afetar o equilíbrio financeiro para esses criadores, sobretudo se muitos utilizadores optarem pela versão Lite e continuarem a ver os vídeos de forma regular.
No entanto, se o valor de subscrição do YouTube Premium Lite for acessível o bastante para atrair um público numeroso, parte dessa receita poderá compensar a falta de anúncios nos conteúdos. Tudo dependerá do modelo de partilha de receitas que o YouTube adotar para este novo plano.
O YouTube Premium Lite surge como uma alternativa interessante para quem quer libertar-se dos anúncios sem se importar tanto com a parte musical. Não oferece todos os benefícios e funcionalidades do YouTube Premium completo, mas pode ser a resposta para utilizadores que preferem manter os seus serviços de música independentes e, ainda assim, desejam uma experiência de vídeo mais fluida.
Ficamos agora a aguardar o anúncio oficial do Google que esclarecerá o preço, a disponibilidade e os pormenores funcionais do YouTube Premium Lite. Caso a resposta do público seja positiva, é provável que, num futuro próximo, este plano se expanda para mais países, tornando-se uma escolha popular para quem quer uma solução intermédia entre a versão gratuita do YouTube, carregada de publicidade, e o YouTube Premium com todas as suas funcionalidades avançadas.
Formado em Informática / Multimédia trabalho há 10 anos em Logística no Ramo Automóvel. Tenho uma paixão pelas Novas Tecnologias , cresci com computadores e tecnologias sempre presentes, assisti à evolução até hoje e continuo a absorver o máximo de informação sou um Tech Junkie. Viciado em Smartphones e claro no AndroidGeek.pt