Xpeng pode abandonar planos de adotar chip Nvidia Thor devido a atrasos

Nvidia enfrenta risco de perder clientes-chave devido a atrasos no chip Thor. Xpeng pode desistir de usá-lo em novos modelos, enquanto Nio opta por chips internos.

Nvidia atrasa produção do chip Thor e deixa fabricantes de automóveis em apuros

A gigante norte-americana de chips, a Nvidia, está a correr o risco de perder clientes essenciais devido aos atrasos no lançamento do Thor, a sua próxima geração de chips para condução inteligente.

Inicialmente previsto para entrar em produção em massa até meados de 2024, o Thor enfrentou um atraso considerável, segundo um relatório da imprensa local. Agora, espera-se que o chip esteja disponível para automóveis apenas a partir do meio do próximo ano, mas apenas numa versão básica, o que está a influenciar as decisões de algumas empresas automóveis nacionais relativamente aos seus novos modelos.

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O Thor e a sua demora incomodativa

Em setembro de 2022, a Nvidia revelou o Thor, um avançado chip projetado para suceder o Orin, especificamente direcionado para os modelos automotivos previstos para 2025. Com uma impressionante capacidade de processamento de até 2.000 teraflops, o Thor promete revolucionar a indústria automóvel ao oferecer uma versatilidade sem precedentes. Este poderoso chip pode ser totalmente dedicado ao processo de condução autónoma, garantindo uma navegação mais segura e eficiente, ou pode ser parcialmente alocado para melhorar os sistemas de inteligência artificial e entretenimento a bordo, proporcionando uma experiência mais rica e envolvente aos ocupantes.

Além disso, o Thor também é capaz de oferecer assistência ao condutor, aumentando a segurança e o conforto durante a condução. Esta inovação sublinha o compromisso da Nvidia em liderar o avanço tecnológico no setor automotivo, preparando terreno para um futuro onde a tecnologia e a mobilidade estão intrinsecamente ligadas.

Esta performance é oito vezes superior à do Orin, que oferece 254 teraflops de capacidade de computação cada. No entanto, os problemas de produção do Thor têm levado os fabricantes de automóveis a desenvolver alternativas internas mais avançadas.

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As decisões das fabricantes de automóveis chinesas

A Xpeng está a reconsiderar a sua estratégia de integração do chip Thor nos modelos que planeia lançar no próximo ano, enquanto a Nio já tomou a decisão de não incorporar este chip nos seus futuros veículos. Ambas as gigantes automotivas chinesas parecem estar a direcionar os seus esforços para o desenvolvimento e utilização de soluções alternativas, seja através de chips internos ou recorrendo a outros fornecedores reconhecidos no mercado, como o Orin da Nvidia e as soluções oferecidas pela Horizon Robotics.

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Esta mudança de direção sublinha a crescente tendência entre os fabricantes de automóveis de procurar maior controle sobre as suas cadeias de fornecimento e de apostar em tecnologias que melhor se alinhem com as suas necessidades específicas de inovação e desempenho.

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O futuro dos chips de direção inteligente

Enquanto a Nvidia enfrenta desafios significativos no desenvolvimento do seu chip Thor, destinado a aplicações de condução autónoma, as fabricantes de automóveis chinesas, como a Li Auto, estão a tomar medidas inovadoras para se destacarem no mercado tecnológico. A Li Auto está a concentrar os seus esforços no desenvolvimento do chip “Schumacher”, que promete ser uma solução avançada e competitiva para a condução autónoma.

Este movimento sublinha a crescente capacidade e ambição das empresas chinesas em se posicionarem como líderes na indústria automóvel global, ao desenvolverem tecnologia de ponta que poderá redefinir a condução inteligente. A aposta no “Schumacher” representa não só um avanço tecnológico significativo, mas também uma resposta estratégica aos desafios enfrentados por concorrentes ocidentais, como a Nvidia, no rápido e exigente mercado dos veículos autónomos.

Conclusão

Com o atraso na produção do chip Thor da Nvidia, as fabricantes de automóveis chinesas encontram-se numa posição delicada, obrigadas a explorar alternativas viáveis para garantir a continuidade do desenvolvimento dos seus modelos futuros. Esta situação de incerteza não só suscita dúvidas quanto à fiabilidade dos fornecedores de chips, mas também acende um alerta sobre o futuro das parcerias estratégicas na indústria automóvel global.

A dependência crescente de tecnologias avançadas e a volatilidade no fornecimento de componentes cruciais, como os chips, impõem um desafio significativo para os fabricantes que procuram manter-se competitivos num mercado em rápida evolução. Assim, a necessidade de diversificar a cadeia de abastecimento e investir em soluções inovadoras torna-se mais premente do que nunca, impulsionando uma reavaliação das estratégias de produção e desenvolvimento tecnológico no setor automóvel.

 

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