Brecha de segurança na Telefónica: 2,3 GB de dados do sistema Jira comprometidos. Acesso não autorizado confirmado, mas sem dados de clientes expostos.
No cenário altamente glamoroso dos ciberataques, onde cada hacker parece estar a competir por um lugar no hall da fama virtual, surge uma nova estrela. A 9 de janeiro, um utilizador apelidado de DNA declarou num fórum de ciberdelinquência ter roubado nada mais, nada menos do que 2,3 GB de dados da gigante Telefónica. E como quem não quer a coisa, revelou que a base de dados em questão era de Jira, um sistema que faz qualquer técnico de TI sentir palpitações de amor e ódio ao mesmo tempo.
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Ah, a velha arte de vender dados roubados! Num mundo onde tudo se compra e vende com criptomoedas, o acesso à preciosa informação era desbloqueado através de créditos. Sim, porque em pleno século XXI, até os cibercriminosos têm de ganhar a vida de alguma forma, certo? A amostra disponibilizada fazia alusão a Telefónica, com menções a emails que, só por acaso, terminavam em @telefonica.com.
A Telefónica, essa multinacional madrilena que nunca esperou ser alvo de um ciberataque (imagine-se!), confirmou que, de facto, houve um “acesso não autorizado” a um dos seus sistemas internos de ticketing. E claro, como manda a tradição, agiram prontamente para impedir futuros acessos indesejados. Se isso não é uma demonstração de segurança a toda a prova, não sei o que é.
Uma investigação ainda em curso impede que saibamos até onde se estende a falha de segurança. Mas com um pouco de imaginação, facilmente percebemos que a publicação do fórum e o incidente de cibersegurança estão possivelmente conectados. Afinal, quem nunca ouviu falar de coincidências tão pontuais?
Captura de ecrã da publicação realizada no fórum de ciberdelinquência. O texto da amostra foi difuminado.
A grande questão que se coloca é: isto afeta-nos? Em teoria, sendo uma base de dados de um sistema interno de uma operadora espanhola, a fuga não deve conter informações vossas. Portanto, calma, os seus dados bancários e números de telefone não estão a ser vendidos em pacotes promocionais. Mas não se deixe enganar pela tranquilidade aparente. Os ciberdelinquentes são como artistas de vanguarda, sempre a inovar nas suas técnicas para maximizar o impacto dos seus ataques. E lembre-se, na segurança digital, não há sistema 100% impenetrável. Nunca baixe a guarda.
Venda de dados pessoais na dark web: uma realidade assustadora.
Como já percebemos, ninguém está a salvo dos incidentes de segurança – empresas e indivíduos estão todos no mesmo barco. Grandes empresas, como bancos, têm vindo a implementar campanhas de consciencialização para limitar o poder de fogo dos ciberdelinquentes. Talvez seja hora de seguir o exemplo e começar a olhar para a segurança digital com a seriedade que ela merece.
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Fundador do Androidgeek.pt. Trabalho em TI há dez anos. Apaixonado por tecnologia, Publicidade, Marketing Digital, posicionamento estratégico, e claro Android <3
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