Spotify pode abandonar determinados países para pagar menos aos músicos

“Spotify encerra atividades no Uruguai devido à nova lei de direitos autorais que exige ‘remuneração justa e equitativa’ mas com efeitos possivelmente prejudiciais para os músicos.”

Spotify encerra atividades no Uruguai após alterações na lei de direitos autorais

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Resumo

  • O Spotify está a encerrar as suas operações no Uruguai devido a uma nova lei de direitos autorais que exige uma “remuneração justa e equitativa” para os artistas, mas as alterações podem não ser tão benéficas quanto parecem.
  • Atualmente, no Uruguai, os royalties só são concedidos a músicos caso estes também sejam compositores ou letristas, deixando argumentistas e realizadores sem compensação. A nova lei procura corrigir isso.
  • A emenda, formulada de maneira vaga, exige que o Spotify canalize os pagamentos por meio de editoras musicais ou sociedades de cobrança gerenciadas pelo estado, prejudicando potencialmente os músicos sub-remunerados.

O papel do Spotify na transmissão de música

O Spotify é um dos maiores aplicações de streaming de música no Android, sendo responsável por uma parte significativa dos ganhos dos artistas através da transmissão de música. Tal como é norma em todo o mundo, também no Uruguai a lei de direitos autorais rege os pagamentos de royalties por essa transmissão.

Entendendo a lei de direitos autorais no Uruguai

Antes de nos aprofundarmos nessa questão, é vital entender que os royalties ganhos com a distribuição de música são pagos aos editores musicais, discográficas e compositores. Cabe então à discográfica garantir que cada músico receba a sua parte. O Uruguai, entretanto, destoa ao não permitir que os royalties cheguem aos músicos, a não ser que estes também sejam compositores ou letristas. Este peculiaridade local ainda se estende aos meios audiovisuais, nos quais argumentistas e realizadores não são compensados justamente nos royalties da distribuição.

A resposta do Spotify à nova regulamentação

Em resposta a isso, o Spotify divulgou um comunicado detalhando como já paga editores e compositores no país cerca de 70% dos ganhos provenientes do streaming na plataforma. A empresa defende que a nova lei que exige remuneração equitativa seria o equivalente a pagar duas vezes pela mesma música, tornando assim inviável fazer negócios no Uruguai.

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O fim do Spotify no Uruguai

Como consequência, o Spotify deixará de aceitar novos pedidos de subscrição Premium no país a partir de 28 de dezembro, migrando todos para contas gratuitas a partir de Janeiro. Em fevereiro, o serviço encerrará definitivamente, num duro golpe para a indústria musical uruguaia e os seus potenciais rendimentos futuros.

Conclusão

Embora a controvérsia continue, o encerramento do Spotify no Uruguai demonstra as complexidades das leis de direitos autorais e os desafios que enfrentam as plataformas de streaming para navigar nesse território. É um desenvolvimento à atenção dos fãs de música e da indústria musical global.

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Fonte

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