Qualcomm e Broadcom, dois fabricantes de chips cujos valores de ações foram em direções contrárias nos últimos tempos, estão envolvidos num desacordo público: na semana passada, a Broadcom apresentou uma oferta recorde de 130 mil milhões de dólares, que a Qualcomm rejeitou ontem. Uma decisão unânime do conselho de administração da Qualcomm expressou a crença da empresa de que a oferta da Broadcom “subjuga dramaticamente a Qualcomm” e, além disso, “vem com significativa incerteza regulatória”. Os líderes da Qualcomm acreditam que a empresa está bem posicionada para “liderar a transição para 5G”, o que é verdade, desde que a Qualcomm possa resolver a sua disputa legal com a Apple e consiga manter o seu domínio sobre o mercado de processadores Android – e depois de uma investigação minuciosa da oferta Broadcom não solicitada, eles decidiram que podem agregar mais valor para os seus acionistas, continuando a executar a sua estratégia existente.
A nota sobre “subestimar dramaticamente”, a empresa dá uma dica de que o conselho da Qualcomm pode ser receptivo a ofertas mais elevadas por parte da Broadcom, se houver capital e vontade para tal.
Se esta é uma tática de negociação, ela é invulgarmente pública, já que a maioria desses negócios em larga escala tendem a ser trabalhados por trás e de portas fechadas e sem a divulgação de declarações oficiais até que os assuntos estejam bem e verdadeiramente concluídos.
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