O plano de podcasts do Spotify descarrilou: a falha que ninguém esperava

Nos últimos dias, a estratégia de podcast da Spotify tem sido posta em questão. Recentemente, Joe Rogan, responsável por uma grande parte da receita publicitária da plataforma, convidou um candidato presidencial anti-vacinação para o seu programa. Além disso, um acordo de 20 milhões de dólares com um casal real britânico caiu por terra, e um executivo da empresa chamou o casal de “grifters” em seu próprio podcast. Tudo isso aconteceu depois de dois ciclos de demissões este ano, o último dos quais se concentrou principalmente na divisão de podcasts da Spotify.

A empresa percebe que algo está errado em sua estratégia de podcasting e essas falhas revelam como a fórmula para o sucesso em podcasts é fundamentalmente diferente da de filmes, videogames, livros e até música. Franchises, IP (propriedade intelectual) e reconhecimento de nome podem ser suficientes para produzir um sucesso em vários meios de comunicação diferentes. Mas no mundo dos podcasts, uma série de um cineasta aclamado, um autor best-seller ou até mesmo um ex-presidente pode mal aparecer nas tabelas de classificação. E depois de anos perseguindo essa estratégia de sucesso, tudo parece estar desmoronando.

A coluna vertebral da estratégia de podcasting da Spotify deveria ser a produção de conteúdo original em seus estúdios internos, como a Gimlet e a Parcast. No entanto, apesar de terem suas próprias equipes excelentes e audiências fiéis, a falta de direção e conhecimento da Spotify no espaço de podcasting provou ser uma sentença de morte para essas empresas. As séries não atraíram grandes públicos e não desenvolveram novos programas de sucesso.

Os shows não receberam o marketing ou o suporte adequados da Spotify. Manter certos podcasts exclusivos para a Spotify significou uma queda na audiência. Tudo isso culminou na plataforma eliminando mais de 200 empregos em toda a Gimlet e Parcast no início deste mês e absorvendo o que restou na Spotify Studios.

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