A Apple fará grandes alterações no iOS, Safari e App Store na UE com o lançamento do iOS 17.4 em Março. Isto inclui a permissão para lojas de apps e plataformas de pagamento em apps de terceiros nos iPhones e uma queda na “taxa Apple” para desenvolvedores de 15-30% para 10-17%. No entanto, a Apple cobrará uma taxa de “tecnologia central” de 50 euros por cada milhão de instalações de app, potencialmente prejudicando desenvolvedores menores de apps gratuitos ou freemium.
Março de 2022 testemunhará o lançamento da actualização do iOS 17.4 para os utilizadores elegíveis na União Europeia iOS 17 que resultara numa série de alterações substanciais ao iPhone, Safari e App Store.
Neste artigo vão encontrar:
Que impacto estas mudanças têm?
As alterações referidas podem chegar a afectar economicamente a Apple, já que a empresa vai permitir que as lojas de aplicações de terceiros e as plataformas de pagamento in-app de terceiros estejam disponíveis no iPhone. Além disso, a “Apple Tax”, ou seja, a taxa que a Apple cobra aos programadores, será reduzida, variando agora entre 10%-17%, comparado à anterior faixa de 15%-30%.
Contudo, estes movimentos não implicam necessariamente uma queda nas receitas do segmento de Serviços da Apple. Na realidade, a presença da UE representa apenas 6% da receita global da App Store e a Apple está a criar novas taxas que compensarão a redução noutros tributos.
Mudanças nas comissões e taxas da App Store
Para além da comissão de 10% a 17% que a Apple irá cobrar dos programadores que utilizam sua plataforma de pagamento in-app, será aplicada uma taxa de facturação de 3% em cada compra in-app. Se o programador optar por utilizar uma plataforma de pagamento in-app de terceiros, a Apple não recebe comissão nem cobra a taxa de 3%.
A nova taxa de tecnologia essencial da Apple na UE muda o dinamismo da App Store
Outra mudança significativa é a implementação pela Apple de uma taxa de “tecnologia central” de 50 euros cada vez que uma aplicação é instalada mais de um milhão de vezes, seja através da App Store, lojas de terceiros, web ou o serviço de testes TestFlight. Segundo Mark Gurman da Bloomberg, apesar dessas alterações, 99% dos programadores na UE verão os valores que pagam à Apple manter-se ou diminuir.
A repercussão entre os programadores
A nova taxa de “tecnologia principal” permitirá à Apple arrecadar receitas de aplicações das quais nunca antes havia beneficiado. No entanto, esta alteração pode resultar em potenciais dificuldades financeiras para alguns programadores de aplicações, sobretudo os mais pequenos. Por exemplo, uma aplicação gratuita que atinja dois milhões de instalações terá de pagar meio milhão de dólares à Apple anualmente.
Numa nota final, os programadores poderão optar por ficar com a actual faixa de “Apple Tax” de 15% a 30%, desde que se comprometam a não utilizar plataformas de pagamento de terceiros nem listar as suas aplicações em lojas de terceiros. São alterações significativas que sem dúvida irão mudar o campo de jogo no mercado das aplicações.
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