MediaTek foi apanhada a fazer batota em benchmarks

apenas determinados telefones de determinadas empresas faziam recurso de forma dissimulada de aparentar melhor desempenho ao executar determinadas aplicações. Mas, de acordo com uma informação da Anandtech, a MediaTek integrou esse tipo de “aldrabice” no software que permite aos fabricantes de telefones usar os seus chipsets.

Embora já vários fabricantes de telefones tenham sido acusados ​​de ser pouco claros no que diz respeito a benchmarks no passado, geralmente é um problema relativamente localizado: apenas determinados telefones de determinadas empresas faziam recurso de forma dissimulada de aparentar melhor desempenho ao executar determinadas aplicações.

Mas, de acordo com uma informação da Anandtech, a MediaTek integrou esse tipo de “aldrabice” no software que permite aos fabricantes de telefones usar os seus chipsets. Essencialmente, todos os telefones MediaTek que executam determinados chipsets estão “a fazer batota” nos benchmarks.

É uma longa e ótima história e encorajo qualquer pessoa interessada nos detalhes técnicos a ler, mas a versão curta é que a Anandtech percebeu que o Dimensity 1000L da MediaTek foi superado em benchmarks pelos mais antigos Helio P95 num OPPO Reno3 Pro.

Asssuspeitas foram confirmadas quando uma versão da aplicação de benchmarking foi modificada para impedir que fosse identificada pelo sistema e os resultados foram significativamente mais baixos para o P95. Isso significa que algo no telefone Helio P95 estava a aumentar significativamente o desempenho em resposta à presença da aplicação de benchmarking. E essa não é uma pequena diferença, a Anandtech observou uma queda de 30% nos testes gerais, com uma alteração de até 70% em cargas de trabalho específicas.

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Tabela de dispositivos testados pela Anandtech. Imagem via Anandtech.

A lógica que controla esse comportamento é inserida no firmware e tem como alvo muitas aplicações de benchmark, onde se incluem os de alto nicho, usados ​​apenas por alguns sites. Examinando mais amplamente outros dispositivos equipados com MediaTek nos últimos anos, a Anandtech descobriu que esse comportamento estava presente em basicamente todos os produtos da MediaTek. Nove chipsets MediaTek diferentes tinhameeste sistema de aldrabar resultados. Essa consistência entre os dispositivos significava que não era apenas a OPPO a agir por conta própria, esse comportamento tinha origem na MediaTek, e alterações mais recentes indicam que a empresa pode até estar a tentar escondê-lo.

A MediaTek respondeu à história da Aanadtech com uma declaração a explicar as suas acções, incluída numa publicação no blog que detalha a sua posição. Essencialmente, os argumentos da empresa resumem-se a:

  • Os chipsets já escalam desempenho e potência para outras tarefas, portanto, isto não é diferente.
  • Os fabricantes de telefones podem desativá-lo se não o desejarem.
  • Outras empresas também fazem isso.

Há pelo menos duas alegações, que infelizmente, são verdadeiras. Huawei, Oppo e Samsung já foram todos anteriormente acusados ​​de comportamento semelhante, então talvez “todos fazem” não seja a melhor defesa. E não importa quem deixou o recurso ativado ou quem o desenhou, é enganador.

Com muitos de nós à espera que a MediaTek traga um chipset de alto desempenho para novos FlagShip , “aldrabar” os benchmarks dessa maneira abala a nossa confianca.

Todos nós deveríamos estar a falar sobre como o Dimensity 100 se compara à Qualcomm, mas, em vez disso, estamos a debater como a MediaTek está a manipular o software para mentir sobre o desempenho nos benchmarks.

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