LinkedIn enfrenta processo por alegadamente usar DMs de utilizadores para treinar IA, sem consentimento, violando privacidade e gerando controvérsia.
O LinkedIn, esse lugar aparentemente inofensivo onde profissionais trocam currículos, fazem networking e, ocasionalmente, enviam mensagens privadas que agora, aparentemente, podem ser usadas para educar inteligências artificiais. Sim, leu bem! O LinkedIn, essa plataforma que muitos de nós consideramos uma extensão do nosso escritório, está a ser acusado de partilhar as nossas trocas de mensagens para treinar modelos de IA. E, claro, tudo isto sem o nosso consentimento. Surpreso? Bem-vindo ao clube.
No universo tecnológico de hoje, os dados são a nova moeda de troca. Os padrões de uso e as interações de milhões de utilizadores são o ouro que alimenta os modelos de IA. E, aparentemente, o LinkedIn, propriedade da Microsoft — que, por sua vez, mantém uma proximidade quase suspeita com a OpenAI — decidiu mergulhar de cabeça nesta mina de ouro. Segundo uma nova ação judicial, a plataforma está a ser acusada de partilhar as mensagens privadas dos seus utilizadores premium com terceiros para treinar IA. Mas, claro, sem aqueles detalhes aborrecidos sobre consentimento.
O processo judicial afirma que, em agosto passado, o LinkedIn lançou, “silenciosamente”, uma nova configuração de privacidade que automaticamente inscreveu os utilizadores num programa que permitia a terceiros utilizar os seus dados pessoais para treinar IA. Como se isso não bastasse, um mês depois, a empresa fez uma mexida rápida na sua política de privacidade para afirmar que os dados dos utilizadores poderiam ser partilhados para fins de treino de IA. E não, não se preocuparam em enviar aquele emailzinho básico a avisar.
Como um toque final de ironia, os utilizadores foram informados de que poderiam optar por não partilhar os seus dados para o treino de IA. Contudo, esta opção não desfaz o que já foi feito. É como fechar a porta depois de o cavalo ter fugido: um gesto adorável, mas um tanto inútil.
Claro, o LinkedIn nega tudo com veemência. “Estas são alegações falsas sem mérito”, diz um porta-voz da empresa, em janeiro de 2025. Porque, como todos sabemos, negar é sempre a melhor estratégia quando se está atolado até ao pescoço em polémicas.
A ação, movida num tribunal federal em San Jose, Califórnia, representa utilizadores premium do LinkedIn que trocaram mensagens InMail e tiveram os seus dados partilhados antes de 18 de setembro. A queixa exige indemnizações por quebra de contrato e violações da lei de concorrência desleal da Califórnia, além de $1,000 por utilizador sob o Stored Communications Act federal.
Este caso levanta questões importantes sobre a privacidade e a utilização de dados no mundo digital. Enquanto nos questionamos sobre o que o futuro nos reserva, é crucial mantermos um olhar crítico sobre como as empresas gerem os nossos dados pessoais. Afinal, a confiança é algo que se conquista, não se compra.
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Fundador do Androidgeek.pt. Trabalho em TI há dez anos. Apaixonado por tecnologia, Publicidade, Marketing Digital, posicionamento estratégico, e claro Android <3
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