Google resolve caso de violação de patente do chip Tensor nos EUA
A Google resolveu um processo de violação de patente em relação ao chip Tensor, movido pela Singular Computing. O processo foi encerrado, mas os detalhes do acordo não foram divulgados.
Google chega a acordo em processo de violação de patente relacionado ao chip Tensor
Segundo documentos publicados pelo Tribunal Federal de Massachusetts, um processo de violação de patente envolvendo o chip Tensor da Google foi resolvido. A Google foi levada a tribunal pela Singular Computing, alegando que o chip Tensor infringia a sua patente.
Neste artigo vão encontrar:
Contexto
A 10 de janeiro, a Singular Computing processou a Google, acusando o processador de IA da empresa de violar duas das suas patentes tecnológicas. A ação procurava uma compensação de 7 mil milhões de dólares. Durante a audiência, o valor foi revisto para 1,67 mil milhões de dólares. Joseph Bates, cientista da computação da Singular Computing e autor da patente, afirmou aos jurados que a Google copiou a sua tecnologia e a utilizou no desenvolvimento de IA. O advogado Kerry Timbers, representante de Bates, afirmou que entre 2010 e 2014, a Google e Bates discutiram a possibilidade de cooperação, incluindo a utilização do chip de suporte de IA de Bates.
Bates acusou a Google de copiar a sua inovação e utilizá-la na unidade de processamento tensorial (TPU). Timbers afirmou que a Google desenvolveu o TPU com base nas suas próprias conquistas tecnológicas, que são utilizadas em diversos serviços, incluindo Google Translate, Google Search, Gmail e outros.
As TPUs são principalmente utilizadas em dispositivos voltados para o consumidor, como portáteis e smartphones, e a Google também as utiliza na sua infraestrutura. Estes processadores fornecem uma potente capacidade de computação para executar os algoritmos de IA e ML necessários para os serviços de IA mencionados acima.
O advogado apresentou um e-mail interno da Google no qual o atual cientista-chefe, Jeff Dean, classificou a ideia de Bates como “perfeitamente adequada” para o desenvolvimento de IA na Google. Timbers acrescentou que a Google lançou a primeira geração de processadores de IA em 2016, capazes de recomendações de anúncios, geração de conteúdo e reconhecimento de fala. No entanto, as versões 2 e 3 infringiram os direitos da Singular Computing sobre a patente, o que justifica a continuação do processo.
Resposta da Google e da Singular Computing
Porta-vozes da Google e da Singular Computing afirmaram que as partes chegaram a um acordo. Isto significa que ambas as partes resolverão a questão fora dos tribunais. No entanto, os porta-vozes não revelaram os detalhes do acordo.
O porta-voz da Google, Jose Castaneda, afirmou que a empresa não infringiu as patentes da Singular e que está “satisfeita por ter resolvido essa questão”.
E-mails internos citados na declaração inicial do julgamento em 9 de janeiro mostram que o atual cientista-chefe da Google, Jeff Dean, escreveu para outros colaboradores que a ideia de Bates pode ser “adequada” para o trabalho que a Google está a realizar.
A Google argumentou que os funcionários que projetaram o chip nunca conheceram Bates e que o chip foi criado de forma independente. A empresa afirma que a sua tecnologia é fundamentalmente diferente daquela descrita na patente da Singular.
Conclusão
O processo de violação de patente entre a Singular Computing e a Google relacionado à suposta violação do chip Tensor da Google foi resolvido. Isso foi revelado em documentos do Tribunal Federal de Massachusetts. O processo, que inicialmente buscava 7 mil milhões de dólares, alegava que a Google utilizou a tecnologia de Joseph Bates, da Singular Computing, para o seu processador de IA. Embora os detalhes específicos do acordo permaneçam confidenciais, ambas as partes expressaram satisfação com a resolução. Esta conclusão encerra uma batalha legal que examinou as complexidades da inovação em IA, com a Google mantendo o desenvolvimento independente da unidade de processamento Tensor.
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