Júri avaliará alegações de pseudonimização do Google em caso de privacidade de dados, contestando consentimento e expectativas de privacidade dos utilizadores.
Google, esse gigante benevolente que nos ajuda a encontrar a receita perfeita para bolo de chocolate à meia-noite e, ao mesmo tempo, nos faz questionar as fronteiras da privacidade. Desta vez, o gigante da tecnologia está a enfrentar uma tempestade legal, cortesia de alguns que, imagine-se, não estão muito felizes com a ideia de serem seguidos como Hansel e Gretel no bosque digital.
Neste artigo vão encontrar:
Os queixosos no caso argumentam que a Google deve devolver todos os lucros obtidos com anúncios servidos a utilizadores que optaram por desligar o “Web and App Activity” (WAA). A gigante tecnológica, por sua vez, nega que qualquer dado destes utilizadores seja guardado para personalização de anúncios. Claro, porque nada diz “confiança” como uma guerra de palavras num tribunal, certo?
O juiz Seeborg escreveu que a definição de “informação pessoal” segundo a lei da Califórnia pode incluir dados que, de alguma forma, consigam ser associados a um consumidor específico. Em suma, se o júri considerar que os identificadores únicos dos dispositivos dos utilizadores, coletados pela Google, são informações pessoais, bem, o resultado pode não ser o que a Google espera.
Oh, o doce som do consentimento informado! A Google insiste que os utilizadores sabiam e consentiram com as suas práticas de rastreamento. No entanto, Seeborg não está convencido. Para ele, a linguagem usada nas divulgações da Google não deixa claro que os utilizadores estavam a consentir na coleta dos dados em questão. Um caso clássico de “Eu concordo” sem realmente saber com o quê.
Outro argumento da Google é que os queixosos não têm uma expectativa razoável de privacidade em dados anonimizados e agregados. No entanto, como Seeborg salientou, a privacidade não exige que a informação seja pessoalmente identificável. Portanto, a questão de saber se os dados coletados pela Google constituem informação pessoal ainda está em aberto.
Num mundo onde “pseudónimo” e “anónimo” parecem ser amigos chegados, a linha entre privacidade e conveniência continua a ser turva. É curioso como uma empresa que nos conhece tão bem ainda se debate com o conceito de consentimento e privacidade. Será que estamos num episódio de “Black Mirror” e ninguém nos avisou?
Para aqueles que querem continuar esta jornada pelo universo da tecnologia e privacidade, o AndroidGeek é a sua fonte para tudo que envolve tecnologia. Então, prepare o café, ajeite os óculos e mergulhe neste fascinante mundo digital. Quem sabe, talvez descubra como evitar ser seguido pelo Google, ou talvez não.
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