Google cria a “Lista da vergonha” com o intuito de pressionar as fabricantes a atualizarem os seus dispositivos

Um dos grandes problemas do Android é a sua fragmentação. A lentidão com que as fabricantes atualizam os aparelhos de seus clientes é outro fator agravante dessa realidade do sistema operativo móvel da Google. Pensando numa forma de solucionar isso, a gigante das pesquisas elaborou uma lista para classificar as piores empresas quando o assunto são as atualizações, envolvendo correções de segurança e a própria versão do Android. A lista já foi entregue às empresas e deverá se tornar pública, algo como um “mural da vergonha”, para forçá-las a atualizarem os seus dispositivos o mais rapidamente possível. Com a lista, muitos consumidores podem optar por outros modelos, tendo em mente que determinada empresa fornece atualizações de maneira mais rápida e regular.

Segundo a Bloomberg, a falta de atualizações frequentes prejudica todo o ecossistema da plataforma, uma vez que os novos recursos, como o “Now on Tap”, lançado no ano passado, cheguem a uma fração muito pequena dos mais de 1,4 mil milhões de utilizadores Android. Com a iniciativa, a Google quer fazer com que as fabricantes disponibilizem os updates tão rapidamente quanto ocorre com os Nexus, que recebem atualizações mensais de segurança. E obviamente que uma ideia como esta teria de encontrar a sua resistência. Em declaração, um diretor da HTC chamou a meta de “pouco realista”. Mesmo assim, a Google também continua a pressionar as operadoras para que sejam mais ágeis em realizar os seus testes de atualização.

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Durante o último Google I/O, o chefe do Android, Hiroshi Lockheimer, afirmou que está a tentar persuadir fabricantes e operadoras a disponibilizarem atualizações de segurança mais rapidamente. A norte-americana Verizon já acelerou o processo de atualizações a pedido da Google, enquanto a Sprint cortou o seu processo de aprovação de 12 semanas para apenas algumas semanas. Apesar disso, muitas fabricantes que adotam o Android estão relutando em fornecer atualizações para os utilizadores. Isso porque a maior parte de seus lucros são obtidos quando os consumidores compram novos aparelhos, e não ao atualizar os antigos. As operadoras também estão receosas de entregar à Google o controlo sobre as atualizações, tendo em vista que futuros problemas podem ser atribuídos a elas. Apesar de diversos empecilhos, o Google está a tomar algumas atitudes para manter o seu sistema mais unificado e menos fragmentado. Uma delas é a disponibilizar a versão de testes do Android N antes do previsto, o que poderá ajudar as fabricantes a realizarem testes antecipadamente.

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