por exemplo, os dispositivos de segurança física vão conseguir processar e transmitir informação relativa ao seu próprio funcionamento e ao espaço físico onde se encontram de forma muito mais completa e célere graças a esta tecnologia.
Graças ao avanço da tecnologia, a Internet das Coisas tem um poder cada vez maior sobre a forma como os dispositivos inteligentes se interligam entre si e à Internet sendo, por conseguinte, uma mais valia para o setor da segurança. No âmbito do Mês Europeu da Cibersegurança, a APSEI – Associação Portuguesa de Segurança aborda as mudanças que a IoT irá trazer ao setor: por exemplo, os dispositivos de segurança física vão conseguir processar e transmitir informação relativa ao seu próprio funcionamento e ao espaço físico onde se encontram de forma muito mais completa e célere graças a esta tecnologia.
No futuro, graças à IoT, será possível que todas as fechaduras das portas dos edifícios comuniquem entre si, mas também com as câmaras de videovigilância, com o sistema de deteção de intrusão, com a iluminação e com muitos outros dispositivos ali presentes permitindo criar um nível de inteligência integrada que dificultará muito mais o acesso de intrusos ao interior desse edifício. Um vasto conjunto de câmaras de vídeo será também capaz de identificar pessoas, determinar a sua idade, género e até o seu estado de humor, identificando os seus comportamentos e utilizando essa informação para monitorizar, por exemplo, um suspeito que esteja a rondar um espaço protegido.
Segundo Bruno Pinto, responsável pela área de Segurança Eletrónica da APSEI, “para aplicar a IoT aos dispositivos de segurança tradicionais é necessário ter em consideração o controlo de qualidade e a aplicação do conceito secure by default no processo de desenvolvimento destes dispositivos, processo esse que deve depois ser complementado ao longo do tempo de vida útil dos mesmos através, por exemplo, da disponibilização de atualizações de segurança dos seus softwares”. Por estas e outras razões, a IoT pode tornar a segurança física mais inteligente, o que significa que a deve tornar também mais segura e, por isso, é crítico garantir que estes dispositivos não vão introduzir novas vulnerabilidades na rede à qual estão ligados.
Tanto o cliente, como as restantes partes envolvidas na cadeia de valor devem estar cientes dos riscos envolvidos na utilização de dispositivos cuja produção não tenha considerado os aspetos relativos à cibersegurança e à privacidade dos dados. Numa solução de segurança onde todos os dispositivos estão a transferir quantidades de informação cada vez maiores, uma falha de segurança num único dispositivo pode resultar numa fuga de informações e no comprometimento de todo o sistema. A solução para este problema pode passar pelo desenvolvimento de normas e especificações técnicas que permitam aos dispositivos de segurança comunicar de forma segura entre si e com outros tipos de dispositivos. Aliás, atualmente já existe alguma consciencialização para estes problemas e é prova disso o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). No setor da segurança, também os consumidores começam cada vez mais a ter em consideração a cibersegurança dos dispositivos como um fator decisivo no momento de selecionar um fornecedor de soluções e dispositivos de segurança. Parece assim que a segurança física e a IoT se estão a aproximar.
A Internet das Coisas vai ser uma realidade no setor da segurança eletrónica e os utilizadores vão exigir soluções mais capazes, mais fáceis de utilizar e mais ciberseguras.
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Estudante de Engenharia e absolutamente viciado em Tecnologia. Gosto de estar por dentro das novidades e consciente do impacto que têm nas nossas vidas.