A Huawei planeia construir a sua primeira fábrica europeia em França em 2024, após o atraso devido à pandemia da COVID-19. A gigante chinesa espera investir 200 milhões de euros neste projeto que inicialmente empregará 300 pessoas.
A gigante chinesa de tecnologia, Huawei, tem um ritmo incansável. Recém-anunciando que lançará produtos “inovadores e disruptores” em 2024, a empresa agora afirma que vai construir uma fábrica em França já no próximo ano.
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A Huawei e o mercado europeu
A notícia chega-nos pela reuters.com/technology/huawei-start-building-first-european-factory-france-next-year-source-2023-12-11/">Reuters, através de uma fonte familiarizada com o assunto. Este iserção da Huawei no mercado europeu é bastante emocionante, tendo em conta que muitos países europeus limitam o uso de equipamentos produzidos pela própria Huawei e pela ZTE, outra grande empresa chinesa, devido a “preocupações de segurança”. Acrescenta-se a isto as cada vez mais tensas relações EUA-China e percebe-se por que este movimento está a ser encarado como um autêntico vaudeville de alta tecnologia.
A fábrica francesa da Huawei
Embora os planos para a fábrica francesa já existam desde 2020, a pandemia de Covid adiou a sua concretização. A expectativa é que esta seja construída em Brumath, perto de Estrasburgo, mas ainda não há informações sobre quando estará operacional. Até ao momento, a Huawei ainda não se pronunciou sobre o assunto perante um pedido de comentário da Reuters.
Em 2020, a Huawei anunciou que investiria cerca de 200 milhões de euros (o equivalente a aproximadamente 245 milhões de dólares) na construção de uma fábrica para equipamento de rede móvel no leste da França. Os planos iniciais previam o emprego de 300 pessoas a aumentar para 500 no longo prazo, com os seus produtos destinados a clientes europeus da Huawei.
Relações especiais
As relações entre a França e a Huawei são distintas. Em Julho de 2023, o Vice Primeiro-Ministro chinês He Lifeng e o Ministro da Economia e Finanças francês Bruno Le Maire participaram no Diálogo Económico e Financeiro China-França em Pequim. Nesse encontro, a China expressou a esperança de que a França pudesse “estabilizar o tom” das relações UE-China.
Para a França, isto é crucial, uma vez que a China é o seu terceiro maior parceiro comercial a seguir à UE e aos EUA. Existe preocupação entre as empresas francesas que poderão ser apanhadas no fogo cruzado do crescente antagonismo entre estas duas superpotências económicas mundiais.
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