Descubra como a China está limitando a exportação de gálio e germânio e o impacto na indústria mundial
A China, o maior produtor mundial de terras raras, tem chamado a atenção nos últimos tempos devido às restrições nas exportações de gálio e germânio, dois materiais essenciais para diversas tecnologias e aplicações de ponta. Essa decisão tem gerado preocupações sobre o impacto nas cadeias de abastecimento globais e as consequências dessas restrições para as indústrias de outros países. A China também impôs restrições à exportação de tecnologias relevantes para a separação e extração de elementos de terras raras.
Neste artigo vão encontrar:
China domina o mercado de terras raras
A China é responsável por 70% da produção mundial de terras raras em 2022, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Os Estados Unidos, Austrália, Myanmar e Tailândia vêm em seguida. Além disso, a China detém pelo menos 85% da capacidade mundial de processamento desses minerais, o que lhe confere uma posição de influência no mercado global de terras raras.
Atualmente, a China possui 89% do neodímio e do praseodímio do mundo, metais-chave para os ímãs de veículos elétricos. No entanto, estima-se que esse valor diminua para 75% até 2028, de acordo com a consultoria Benchmark Mineral Intelligence. Apesar da redução, ainda é uma porcentagem significativa.
Impacto nas cadeias de abastecimento globais
As restrições de exportação de gálio e germânio podem ter implicações significativas nas cadeias de abastecimento globais, pois esses materiais são essenciais para diversas indústrias, incluindo células solares de alta qualidade, microchips para computação quântica, telecomunicações, veículos elétricos e defesa. A possibilidade de a China limitar as exportações de terras raras ou ímãs é maior do que nunca, mas alguns analistas consideram que ainda é baixa e improvável.
Alternativas e redução da dependência da China
Países ocidentais têm procurado aumentar a produção doméstica de minerais críticos, incluindo terras raras. Austrália, Canadá, União Europeia e Estados Unidos têm implementado políticas e pacotes de apoio para reduzir sua dependência da produção chinesa. No entanto, é importante considerar que a separação das terras raras de materiais circundantes é difícil e gera resíduos tóxicos. Portanto, é necessário desenvolver fontes alternativas e métodos de produção para reduzir a dependência do domínio chinês no mercado de terras raras.
Conclusão
O domínio da China no mercado de terras raras, especialmente no controle do gálio e do germânio, tem levantado preocupações sobre o impacto nas cadeias de abastecimento globais e as consequências das restrições de exportação para as indústrias de outros países. À medida que as tensões entre China e Estados Unidos continuam a aumentar, os aliados dessas nações precisam se preparar. É provável que os aliados dos Estados Unidos não recebam apoio da China e precisem buscar fontes e métodos alternativos.
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