OpenAI avança com ChatGPT o3, superando expectativas em testes de raciocínio, mas AGI ainda é um desafio distante.
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Se há algo que amamos na tecnologia, é a promessa constante de um futuro brilhante, repleto de inovações que parecem saídas de um filme de ficção científica. E aqui estamos nós, com o mais recente modelo o3 da OpenAI, que atingiu uma pontuação de 75,7% no prestigiado teste de raciocínio ARC Challenge. Um feito notável? Sem dúvida. Mas, como sempre, há um toque de ironia. Afinal, ainda estamos a várias cartas de distância da Inteligência Artificial Geral (AGI), o tão sonhado santo graal.
Ainda não está familiarizado com o ARC Challenge? Não se preocupe, não é um teste de escolha múltipla que faz enquanto toma o pequeno-almoço. Este teste, criado em 2019, desafia as IAs a encontrar padrões em pares de grelhas coloridas, tudo isso enquanto evita soluções por força bruta. Parece um jogo de Sudoku em nível máximo, mas para máquinas. E o mais intrigante é que quanto mais aumentamos a potência computacional, mais o modelo se aproxima do desempenho humano. Impressionante, certo? Ou talvez não tanto, quando o custo por tarefa salta de uns meros $20 para milhares de dólares. Quem diria que o caminho para a superinteligência seria pavimentado com notas de dólar?
François Chollet, o cérebro por trás do ARC Challenge, tem uma visão clara: desenvolver sistemas que raciocinem como humanos, não apenas que mastiguem dados insaciavelmente. Apesar do progresso do modelo o3, Chollet e outros especialistas continuam céticos. Afinal, ainda existem tarefas que, para um humano, são tão simples quanto a tabuada, mas que deixam as máquinas a coçar a cabeça metálica.
Enquanto o modelo o3 da OpenAI continua a quebrar barreiras, surge uma questão fundamental: estamos realmente a criar inteligência ou apenas a construir calculadoras cada vez mais caras? Melanie Mitchell, do Instituto Santa Fe, não tem dúvidas. Para ela, usar poder computacional puro para resolver tarefas vai contra o propósito do teste. É como usar um canhão para matar uma mosca. E a verdade é que o modelo o3 falhou em resolver mais de 100 tarefas visuais, mesmo quando alimentado por uma quantidade massiva de poder computacional. Parece que a linha entre processamento massivo e inteligência real é mais ténue do que pensávamos.
Então, onde nos encontramos? Com a indústria tecnológica a desacelerar no desenvolvimento de modelos de IA para 2024, comparativamente aos avanços explosivos de 2023, a AGI ainda parece uma miragem no horizonte. Os organizadores do ARC Challenge já preparam uma segunda ronda de testes ainda mais exigentes, prontos para desafiar qualquer máquina que se atreva a participar.
Enquanto aguardamos ansiosamente o lançamento oficial do modelo o3 no início de 2025, resta-nos refletir sobre o que realmente significa inteligência. Será que estamos à beira de uma revolução ou apenas a adicionar mais uma página ao manual de instruções da IA? Só o tempo dirá.
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Fundador do Androidgeek.pt. Trabalho em TI há dez anos. Apaixonado por tecnologia, Publicidade, Marketing Digital, posicionamento estratégico, e claro Android <3
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