Apple está em negociações com a Tencent e a ByteDance, dona do TikTok, para parceria em funcionalidades de IA na China. As conversas estão numa fase inicial.
Neste artigo vão encontrar:
De acordo com fontes recentes, a Apple está a explorar novas possibilidades de colaboração em tecnologias de inteligência artificial na China, mantendo conversações iniciais com gigantes tecnológicas como a Tencent e a ByteDance, esta última conhecida por ser a proprietária do popular TikTok. Estas discussões, embora promissoras, encontram-se ainda numa fase embrionária, o que implica que o seu desfecho é incerto e pode não culminar em acordos concretos.
O interesse da Apple em estabelecer parcerias com empresas chinesas de renome sublinha a crescente importância do mercado chinês e das suas inovações no domínio da IA, ao mesmo tempo que reflecte uma estratégia de expansão e fortalecimento das suas capacidades tecnológicas a nível global.
A Apple enfrenta um desafio significativo no que diz respeito à implementação de serviços de IA generativa na China, dado que o governo chinês impõe uma rigorosa exigência de aprovação para tais tecnologias. Esta situação obriga a empresa a procurar um parceiro chinês, já que, evidentemente, o governo tende a favorecer as empresas locais na concessão das necessárias licenças.
Este favorecimento pode ser visto como uma estratégia para fomentar o crescimento e a inovação dentro das suas próprias fronteiras, garantindo que as empresas chinesas tenham uma vantagem competitiva neste setor emergente. Para a Apple, encontrar um parceiro local não só facilitaria a entrada e expansão no mercado chinês, como também poderia enriquecer a sua oferta de produtos com um conhecimento mais profundo do contexto e das preferências dos consumidores locais.
A Apple deu um passo significativo ao integrar o ChatGPT no Apple Intelligence, proporcionando aos utilizadores uma experiência mais inovadora e avançada em termos de assistentes virtuais e inteligência artificial. Esta integração permite que os dispositivos da Apple realizem tarefas mais complexas e ofereçam respostas mais precisas e contextualizadas. No entanto, é importante notar que o ChatGPT não está acessível na China, devido a restrições governamentais que já haviam sido mencionadas anteriormente. Estas restrições refletem preocupações com a privacidade dos dados e o controlo sobre a informação que circula na internet, questões que têm sido uma constante no relacionamento entre empresas tecnológicas ocidentais e o governo chinês.
No cenário altamente competitivo do campo de inteligência artificial na China, qualquer empresa que consiga estabelecer uma parceria com a Apple para implementar serviços de IA posicionar-se-á como uma grande vencedora. Esta aliança não só proporcionaria um impulso significativo em termos de credibilidade e visibilidade global, como também ofereceria acesso a tecnologias de ponta e recursos que poderiam acelerar o desenvolvimento e a inovação.
Além disso, a colaboração com uma marca prestigiosa como a Apple pode abrir portas para novos mercados e oportunidades de investimento, permitindo à empresa chinesa consolidar a sua posição no mercado interno e expandir a sua influência no panorama internacional da IA. Esta parceria estratégica poderia, assim, representar uma vantagem competitiva decisiva, num ambiente onde a corrida pelo avanço tecnológico é incessante e feroz.
Anteriormente, a Apple manteve negociações com a Baidu, uma das principais empresas tecnológicas da China, com o intuito de explorar potenciais colaborações no domínio da inteligência artificial. No entanto, segundo rumores recentes, estas conversações terão enfrentado “dificuldades devido a questões técnicas”. Um dos principais pontos de discórdia parece ser os desentendimentos sobre a utilização dos dados dos utilizadores de iPhone para o treino dos modelos de IA.
A Apple, conhecida pela sua rigorosa política de privacidade e proteção de dados dos utilizadores, poderá ter encontrado obstáculos nas exigências ou práticas sugeridas pela Baidu, o que levou a um impasse nas negociações. Este cenário sublinha os desafios complexos que as grandes empresas tecnológicas enfrentam ao tentar equilibrar inovação com a proteção dos direitos dos utilizadores.
A recente escassez de recursos de inteligência artificial nos iPhones na China emergiu como um desafio significativo para a Apple, impactando negativamente a sua posição competitiva no maior mercado de smartphones do mundo. Esta limitação tecnológica tem levado a uma diminuição da sua quota de mercado, à medida que os consumidores chineses, cada vez mais exigentes e informados, procuram dispositivos que ofereçam funcionalidades avançadas de IA, as quais são amplamente disponibilizadas por concorrentes locais e internacionais.
A incapacidade da Apple em atender a estas expectativas pode ser atribuída a restrições regulatórias, dificuldades de integração tecnológica ou a uma resposta lenta às rápidas inovações que caracterizam o mercado chinês. Como consequência, a empresa enfrenta o desafio de adaptar a sua estratégia para reconquistar a confiança dos consumidores e revitalizar a sua presença num mercado tão vital para o seu crescimento global.
![]() |
Formado em Informática / Multimédia trabalho há 10 anos em Logística no Ramo Automóvel. Tenho uma paixão pelas Novas Tecnologias , cresci com computadores e tecnologias sempre presentes, assisti à evolução até hoje e continuo a absorver o máximo de informação sou um Tech Junkie. Viciado em Smartphones e claro no AndroidGeek.pt