Analise Xperia XA1 Ultra: O gigante de gama média da Sony

Aqui vamo-nos concentrar no dispositivo que a Sony descreve como sendo um “super intermediário”.

A Sony usou a MWC 2017, que se realizou em Barcelona, para lançar alguns equipamentos. Entre eles temos os Xperia XZ Premium, Xperia XZs, Xperia XA1 e XA1 Ultra. Aqui vamo-nos concentrar no dispositivo que a Sony descreve como sendo um “super intermediário”.

Antes de começar a escrever esta review sobre o Xperia XA1 Ultra, gostava de informar que existem alguns pontos-chave que são uma mais-valia neste equipamento:

  • Excelente design
  • Bateria
  • RAM
  • USB Type-C
  • Câmara frontal

Infelizmente também tem as suas falhas, mas vamos por partes.

Sony Xperia XA1 Ultra: ecrã

Como o nome sugere, o Xperia XA1 Ultra é o maior dos dois telefones de médio alcance. Possui um ecrã IP de 6 polegadas com a resolução Full HD (1920×1080)  que a Sony chama de ecrã “edge to edge sem margens”. O ecrã não compromete em situações com muita luz solar, mas definitivamente não têm nada que o faça ser aquele ecrã que nos deslumbre.

Sony Xperia XA1 Ultra: Design

Goste-se ou não, a Sony criou o seu próprio design e está firmemente agarrado a ele. E o XA1 Ultra não foge á regra,  tem aquele aspecto clássico e alto da Sony, mas com alguns ajustes extras adicionados no topo.

Primeiro, vamos abordar o próprio XA1 Ultra. Ele é absolutamente gigantesco, envergonhando a maioria dos dispositivos que intitulam de phablets. Mas isso só por si não é mau, os custos de usabilidade associados a um dispositivo tão grande é que pode ser grande demais, ou não. O uso do equipamento no modo de uma mão, é melhor do que estava à espera. Enquanto o telefone em si, se encaixa bem na mão e se sente que o mesmo é robusto e sólido, existe uma grande quantidade de “costuras” entre os diferentes painéis, diminuindo um pouco o design, de outra forma, bem-parecido. Quanto aos botões, tanto o de volume como o botão de energia fazem muito bem o seu trabalho. Contudo, o botão dedicado para a câmara aparenta ser muito frágil e com muita falta de sensibilidade.

Sony Xperia XA1 Ultra: Câmara

O Xperia XA1 Ultra vem equipado com uma câmara de 23MP, com abertura de lente f/2.0, detecção de fase, flash LED e foco automático por laser. O software da Sony traz funções extras, como detecção de sorrisos e um modo HDR. No papel os números da câmara do XA1 Ultra impressionam, mas tive uma experiência um pouco diferente na prática.

Isso porque na prática o contraste e os detalhes das imagens não são realmente os esperados, apesar dos 23MPx do sensor, nem sempre é possível identificar a nitidez das fotos. Ao contrario das situações com boa luz, em situações com pouca luz, ou mesmo na sombra, o sensor captura fotos com ruído intenso.

A câmara frontal conta com um sensor de 16MP e aí já consegue ser melhor que a maioria dos dispositivos da mesma gama. A maioria dos smartphones high-end disponibilizam equipamentos com sensores de 5MP a 8MP na parte da frente e a Sony decidiu colocar um sensor 16MP com um flash frontal. Além disso, a lente F.2 / 0 grande angular de 23 mm com estabilização óptica de imagem para tirar a selfie perfeita com os amigos, mesmo em condições de pouca luz.

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Sony Xperia XA1 Ultra: Desempenho

Para um uso normal, não intensivo, a interface de utilizador deste equipamento é rápida e responsivo. Ele já conta com a versão 7 do sistema operativo móvel da Google, o Android 7.0 Nougat, e vem com tudo aquilo que a Google disponibilizou nesse sistema.

O Xperia XA1 Ultra conta com um SOC da MediaTek, o Helio P20 com um processador octa-core que foi lançado há sensivelmente um ano. Possui oito núcleos ARM A53 que operam no máximo a 2,3 GHz, ligados aos seus 4GB de RAM LPDDR4. Ele também possui um processador gráfico ARM Mali T880 MP2 . O Helio P20 foi projectado para ser um processador de gama média que oferece um desempenho decente, mas não pense que ele será muito competente nos jogos com maior exigência de processamento e de gráficos.

Para conseguir acabar um teste da famosa aplicação de Benchmark, a Antutu, necessitei de correr a aplicação mais de 4 vezes, pois o equipamento teimava em bloquear no momento em que se iniciava o teste. O resultado? Esse fica para a vossa conclusão:

Este dispositivo conta ainda com 32GB de armazenamento interno, e com a famosa slot para cartões microSD, que nos permite expandir ainda mais o armazenamento.

Sony Xperia XA1 Ultra: Bateria

Mais uma vez, e para não variar, a Sony não falha neste quesito. A bateria comporta-se lindamente, e apesar dos seus 2700mAh, facilmente se consegue um dia inteiro de bateria sem grandes preocupações. Provavelmente teria bateria para mais meio dia de uso, no entanto tenho o bom vicio de carregar a bateria todas as noites, independentemente da quantidade de carga no seu interior.

O famoso modo Stamina está presente, que nos garante mais algumas horas de bateria em momentos de “aflição”.

Infelizmente e por indisponibilidade do carregador original do equipamento, não nos foi possível testar o tempo de carga da bateria.

Sony Xperia XA1 Ultra: Qualidade das chamadas

O auscultador do XA1 Ultra soa um pouco oco, provavelmente devido à qualidade secundária do próprio áudio e do volume geralmente baixo do equipamento. O microfone, no entanto, faz um bom trabalho na captura de voz, e o cancelamento de ruído incorporado funciona de forma excelente.

Sony Xperia XA1 Ultra: Conclusões

O Xperia XA1 Ultra é o smartphone que cumpre com aquilo que promete. Não é o melhor intermediário que já experimentamos, mas apesar de alguns pontos negativos, merece nota positiva.

A sua qualidade de construção é excelente, a suas câmaras fotográficas cumprem muito bem com aquilo que prometem, no entanto em situações de pouca luz, a sua qualidade deixe um pouco a desejar (mas que intermediário não deixa? )

A maior falha da Sony, é a falta de um sensor de impressões digitais. Não consigo perceber as razões pelo qual a Sony deixou de parte um recursos fundamental nos dias de hoje. Sinceramente já não me consigo lembrar a ultima vez que tinha testado um smartphone sem o dito sensor. Ter de recorrer ao ecrã para desbloquear  o equipamento, é algo fora de uso nos dias de hoje. A meu ver, esta é a falha mais grave da Sony neste equipamento.

Os smartphones deveriam ser feitos para facilitar o dia-a-dia dos utilizadores, e hoje em dia já é frequente ver aplicações bancárias com a autenticação pela impressão digital, tal como outras tarefas que se pode executar com esse sensor.

Fica a dica Sony.

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