Análise Oneplus 6

Oneplus 6 é o mais recente smartphone da fabricante chinesa, que promete ser um dos mais rápidos do mercado. Aqui fica a nossa analise mais detalhada do equipamento.

O Oneplus 6 é o ultimo equipamento lançado por uma empresa que nasceu há pouco mais de 4 anos, e que neste tempo consegui criar uma grande legião de fãs, um pouco por todo o mundo, muito por culpa do custo e beneficio dos seus equipamentos. Tirando um rara exceção, o Oneplus x, a fabricante chinesa trabalha somente com hardware de ponto, e todos os seus equipamentos têm por habito, serem lançados com quase tudo o que dê bom o mercado tem para oferecer. Este Oneplus 6 parece continuar com essa linha, mas vamos ver mais detalhadamente o que a Oneplus nos disponibilizou no 6.

Análise Oneplus 6 – Design

Assim que tiramos o telefone da caixa, vemos que ele é realmente diferente dos seus antecessores em termos de design. Desta vez a fabricante decidiu utilizar o vidro em conjunto com o alumínio, que confere ao equipamento (finalmente) um aspeto verdadeiramente premium.

A versão que temos em nossa posse, é a variante de cor Mirror Black, que olhando para ele aparenta ser um verdadeiro íman para as impressões digitais, mas que felizmente não o é.
A fabricante continua a apostar num slide de alerta, que desta vez está posicionado no lado direito do telefone, um pouco acima do botão power. Ambos esses botões da extremidade direita, estão extremamente bem colocados, e com o telefone na mão direita, facilmente se chega aos mesmos com o polegar. No lado esquerdo temos somente o botão de volume, precisamente no lado oposto do botão power.

Na parte superior só temos o microfone, e na parte inferior temos a coluna (só 1), a porta USB do tipo C, a entrada de 3,5mm para os fones de ouvido, e ao lado deste, outro microfone.
A parte traseira conta com os 2 sensores fotográficos dispostos verticalmente, bem na parte superior central do equipamento, e logo abaixo o duplo flash Led, e logo abaixo deste o seu sensor de impressões digitais. Ainda abordando a parte traseira, logo abaixo do sensor de impressões digitais temos o logótipo da Oneplus, e no fundo um “Design by Oneplus”.

Na parte frontal, temos o seu ecra com o já bem conhecido entalhe na parte superior central, e todo ele com margens extremamente reduzidas.

Análise Oneplus 6 – Ecrã

Em 2017 a fabricante chinesa lançou o 5T, que não era mais do que o Oneplus 5 com a tendência da época, os ecrãs com “proporção mais esticada”, e a nível de hardware interno, pouco mudou.
Agora com o Oneplus 6 a empresa segue outra tendência, a do Notch, alem dos restante hardware.
Fui um dos primeiros a criticar o entalhe quando surgiram os primeiros equipamentos com essa característica, contudo o pequeno recorte no topo do ecrã de 6,3 polegadas é bom. No espaço suplementar que o entalhe nos dá de ecrã, não faz grandes milagres, mas livra-nos de as notificações ocupem parte do que sobra do ecrã. E quando escrevo notificações, também me refiro ao relógio, sinal do operador, etc.

Dentro do próprio entalhe temos um sensor de 16 megapixeis, uma altifalante, led de notificação e o sensor de proximidade. Este entalhe não dificulta ou oculta qualquer informação de aplicações e jogos, alem de que o telefone vem com software que permite camuflar o entalhe.

O ecrã em si é composto com um painel OLED com a resolução FullHD + com 2280 x 1080 pixeis, é brilhante, nítido e muito colorido, com ótimos ângulos de visão. Tal como em todas as análises que faço a equipamentos com a mesma resolução de ecrã, parece-me que esta é a resolução adequada para 99% dos utilizadores. É um bom equilíbrio entre a qualidade e o consumo energético.

Análise Oneplus 6 – Desempenho e software

Tal como sempre, a Oneplus vem com o melhor SOC da Qualcomm que existe no mercado, e com o Oneplus 6 não é diferente, pois ele conta com o Snapdragon 845. A versão que estou a testar possui 6GB de RAM, mas existe variantes com 8GB, no entanto a nível de desempenho os 2GB suplementares não deverão representar grandes melhorias em relação à versão testada por nós. E tal como a marca nos habituou, e telefone é realmente rápido e fluido. Não existe lag, atrasos de resposta, nem problemas de desempenho, seja em que aplicação for. As aplicações abrem instantaneamente, a multi-tarefa é fluida e todos os jogos que já testei funcionavam perfeitamente. Este é confortavelmente o telefone mais rápido que já usei, e quando o coloco lado a lado com o Sony Xperia XZ2, os problemas de desempenho deste último são mais óbvios do que nunca, apesar de ser igualmente um telefone muito rápido.

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O excelente desempenho no dia-a-dia que tenho notado desde que o telefone nos veio parar às mãos ficou comprovado nos testes de benchmark. A OnePlus tem feito um bom trabalho a otimizar os componentes internos e o software, e isso realmente nota-se tanto o uso real como nos testes de benchmark. A titulo de exemplo, ja com o telefone carregado de aplicações e conteúdo multimédia, decidi executar o teste do Antutu, e o equipamento obteve uma pontuação superior a 263000 pontos. E só para comparação, o Galaxy S9 da Samsung, faz menos de 250000 pontos na mesma aplicação.

A OxygenOS é outro bom produto que a fabricante chinesa nos disponibiliza. Em termos usuais, a fabricante não faz muitas alterações ao sistema, o que lhe dá uma versão do sistema operativo, próxima daquela que a Google disponibiliza.
A OxygenOS 5.1.5 é baseada no Android 8.1 Oreo, que ainda é a versão mais estável do sistema Android, e tem alguns pequenos toques que fazem toda a diferença em relação ao Android Puro. Um deles, e no qual me tornei fã é a possibilidade de abolirmos completamente os botões de navegação e passar a navegar por gestos. Os três botões de navegação são antiquados, e com o Android P devem desaparecer completamente. Nada mais fácil do que fazer um swipe para cima para irmos para a Home, Swipe para cima a segurar para mostrar as ultimas aplicações abertas, e swipe para cima numas das extremidades do telefone para fazer a função voltar. Duas horas depois de usar, nunca mais vai querer os botões de navegação.

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E já que falamos em Android P, a Oneplus já disponibilizou a versão beta do sistema para se instalar no Oneplus 6, mas que para esta análise decidi não o fazer. Mas isso é sinal de que o Android P poderá chegar pouco tempo depois de ser lançado oficialmente.

Outra adição fantástica ao software do OnePlus 6 é um modo de leitura dedicado, isso mete o ecrã a preto e branco quando estivermos a usar aplicações de leitura, e torna o telefone em algo muito semelhante a um e-reader, que alem de ser muito mais suave para os olhos, faz poupar imensa bateria.

Tal nos seus antecessores, tanto o leitor de impressão digital como o Face Unlock são extremamente rápidos, e como tal nada a apontar. A única situação a apontar é a utilização do Face Unlock em locais realmente escuros. Nessa condições é muito complicado usar o desbloqueio facial, e a alternativa é mesmo usar o sensor de impressão digital.

Análise Oneplus 6 – Câmara

Com o lançamento desde novo telefone, a Oneplus fez questão de vincar que a fotografia era uma prioridade para eles. Muitos teasers abordavam esse assunto antes do equipamento ser lançado, e se no desempenho não tenho qualquer duvida em afirmar que ele supera a concorrência, nesta parte a Oneplus fica uns furos abaixo deles.

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Apesar de notar-se muitas melhorias em relação aos seus antecessores, ainda não foi desta que a Oneplus me conseguiu surpreender com a qualidade fotográfica. Longe de possuir más câmaras, mas ainda não parece ter sido desta que a fabricante chinesa me conseguiu meter de boca aberta a olhar para uma fotografia tirada com um dos seus equipamentos.
Na parte de trás temos duas câmaras, uma principal de 16 megapixeis com abertura f/1.7, que tira a maioria das fotos, e um sensor secundário de 20 megapixeis para ajudar no modo retrato. Uma grande atualização desta vez é a introdução da estabilização óptica de imagem (OIS). A OnePlus tem alterado a forma como a câmara secundária funciona desde que lançou o OnePlus 5. Originalmente, ela funcionava como uma lente teleobjetiva medíocre com zoom de 2x, com a chegada do 5T essa passou para uma câmara dedicada a condições de pouca luz. E desta vez parece que não voltaram a acertar (pelo menos em cheio), pois as fotos que já tirei em modo Portrait são relativamente fracas em comparação com outros topos de gama, com falta de detalhes e por vezes com o recorte um pouco mal feito.

No entanto o sensor principal parece realmente ser muito melhor, tira fotos bem expostas e detalhadas em diferentes condições de luz. O modo auto-HDR podia ser um pouco mais agressivo para compensar o alcance dinâmico, já que por padrão as fotos não têm o contraste e o brilho que vemos em telefones mais caros. O software vem com um bom modo Pro embutido, e em algumas situações consegui melhores resultados quando o usei. Talvez as falhas da câmara seja devido a software… mas isso só a Oneplus pode compensar.

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Ao contrário de muitos dos principais telefones de 2018, não há Inteligência Artificial nas câmaras do equipamento. Apesar de achar que muitas vezes os resultados de câmara acompanhadas por IA não têm resultados tão óbvios, ficava bem à fabricante seguir essa tendência. Talvez a empresa se esteja a guardar para o Oneplus 6T, e se o está a fazer é um tiro nos pés, pois já temos telefones de gama média que a usam.

Em situações com pouca luz, os equipamentos da Oneplus sempre sofreram bastante, e embora o OIS e os pixeis maiores dentro do sensor deixem o Oneplus 6 visivelmente melhor do que os seus antecessores, ele ainda precisa de ser melhorado para conseguir fazer frente aos maiores da industria. O telefone não tira más fotos, a abertura f/1.7 ajuda e muito a tirar boas fotos, e com alguma luz elas ficam com detalhe, e bem construidas. Nota-se realmente que a Oneplus melhorou muito em relação ao 5T, mas a meu ver ainda não é suficiente para “fazer comichão” a dispositivos como o Galaxy S9, iPhone X, Google Pixel 2 e muito menos ao Huawei P20 Pro. Confesso que gostava de ver um teste dos maiores especialistas da área neste quesito, o DXoMark, mas ainda não testaram o equipamento. Apesar de colocar alguns defeitos às câmaras do Oneplus 6, acredito que ele consiga obter algo em torno dos 90 pontos, deixando-o lado a lado com o Google Pixel, ou muito perto do Apple iPhone 8, mas isto sou eu a supor.

Com isto tudo ia-me esquecendo da câmara frontal, que possui um sensor de 16 megapixeis que, após a ultima atualização de software, também passou a oferecer o modo de retrato. É uma câmara selfie bem parecida com a dos dois últimos dispositivos da OnePlus.

Em relação ao vídeo, pode gravar em até 4K a 60fps e usa uma forma de estabilização eletrónica de imagem para mantê-lo estável. Funciona bem, mas em algumas situações não consegue representar com precisão as cores em alguns ambientes. Ele conta com suporte a super slow-motion, embora ao contrário do Xperia XZ2, ele está limitado a 480fps, no entanto neste equipamento podemos gravar um minuto inteiro de imagens a 480fps, contra apenas alguns segundos no telefone da Sony, e aqui o Oneplus 6 é realmente uma mais valia.

Análise Oneplus 6 – Bateria

Se há algo em que a Oneplus é realmente boa, é na duração das baterias. E mais uma vez para não variar, o Oneplus 6 volta a ser um super equipamento a nível de bateria.

Análise Oneplus 6 15Em termos práticas e após a primeira carga, consegui fazer mais de 6 horas de ecrã enquanto executava testes com o equipamento, que é um valor verdadeiramente impressionante. A sua bateria continua a ser de 3300mAh e bem acompanhada pelo Dash Charge. Meia hora na tomada elétrica temos bateria para um dia inteiro, se o uso do telefone for moderado. 70 e poucos minutos colocamos a bateria a 100%, que com uso moderado dá facilmente para 2 dias inteiros sem qualquer tipo de problema.

 

Análise Oneplus 6 – Veredito final

O Oneplus 6 é realmente um excelente equipamento, e um grande evolução em relação aos seus antecessores. Quando se fala de desempenho, estamos perante aquele que é, atualmente, provavelmente o smartphone mais rápido do mercado. Não consegui fazer o telefone soluçar ou ter lag, mesmo com dezenas de aplicações abertas e a executar os jogos mais pesados para a plataforma.

O seu design finalmente ficou ao nível dos seus rivais, e este Oneplus 6 não fica atrás de qualquer smartphone de topo no mercado. A sua câmara ainda não consegue rivalizar com os maiores do mercado, mas pessoalmente parece-me que faltam afinações de software, já que a nível de hardware a escolhe não foi assim tão errada.

Juntando todos estes ingredientes, e sabendo que estamos perante um equipamento que o seu preço começa nos €526, então estamos garantidamente perante uma das melhores relações de qualidade e preço do mercado.

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