Um vírus que ataca smartphones Android tem afetado milhões de pessoas em todo o mundo, e que é conhecido como “HummingBad”. Ele age inserindo publicidade infetada e instalando falsas aplicações nos smartphones.
O vírus cria um “unrootkit”, uma espécie de “porta dos fundos” que permite acesso total ao dispositivo, permanente por onde podem entrar anúncios fraudulentos que geram lucros ao criador do vírus por meio de cliques forçados em links infetados.
A CheckPoint Security, empresa especialista em segurança cibernética que descobriu o malware, estima que pelo menos 10 milhões de utilizadores em todos o mundo, principalmente na China e na Índia, tenham sido atingidos. O HummingBad foi descoberto em Fevereiro, mas acredita-se que ele já esteja a operar desde o ano passado.
Estima-se que, desde então, os criadores do vírus, que a CheckPoint afirma serem de Yuzhong, na China, estejam a faturar cerca de 90 mil dólares por mês.
A criadora do Android, a Google, por sua vez disse estar consciente da existência desse malware e que está a melhorar constantemente o seu sistema para que ele seja capaz de detetá-lo.
Mas o que é possível fazer para evitar ser uma vítima de HummingBad? O pessoal do BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, preparou um guia básico:
Como saber se seu aparelho está infetado pelo HummingBad?
Depende. É possível que não perceba nenhum sinal de estar infetado. Mas se você perceber que alguma coisa está acontecendo com o seu smartphone, que ele está a ficar mais lento, suspeite de que há algo que não está bem.
Manu Contreras, jornalista especializado em tecnologia e segurança afirma que existe um truque simples para saber se seu telefone está infetado: No momento em que perceber que seu smartphone tem aplicações que nunca instalou, ou quando ele mostrar páginas de anúncios… Provavelmente ele está infetado.
O que o vírus pode causar no smartphone?
Ele pode inundar a aparelho com anúncios e avisos não solicitados, que não saem dali a menos que carregue neles. Além disso, o vírus também instala aplicações infetadas.
Mas o problema mais grave é que ele dá acesso ao seu telefone e às suas informações, o que faz com que algumas aplicações possam ser roubadas e vendidas a quem eles bem desejarem.
“Como este vírus está instalado na raiz do sistema operativo, na teoria ele pode fazer qualquer coisa com o aparelho, já que pode aceder a qualquer aplicação remotamente”, explicou ainda Manu Contreras.
Descobri o vírus no smartphone. E agora?
A primeira coisa que se deve fazer é uma cópia de segurança dos seus dados. Fotos, vídeos, documentos, conversas, etc.
O passo seguinte é reconfigurar completamente o aparelho, segundo os especialistas da CheckPoint, depois do backup esse deve ser sempre o primeiro passo.
Isso significa apagar tudo o que havia no aparelho e deixá-lo como se estivesse novo, recém-saído da loja. Para isso, é necessário ativar a função “limpar dados – restaurar fábrica” (wipe data/Factory reset), de acordo com as instruções específicas do modelo do seu smartphone. No entanto isso não aparenta ser suficiente.
Levando em consideração que o vírus instala-se na parte mais profunda da memória do smartphone, só o ‘restaurar de fábrica’ não adianta, é necessário levar o aparelho a um especialista de confiança.
Como evitar que o aparelho seja infetado?
As recomendações são semelhantes às feitas para prevenir vírus em computadores e que muito temos falado por aqui:
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