Nem mesmo nos servidores da Apple.
Numa altura que, em Portugal, se fala muito sobre a alegada cedência de dados de ativistas a embaixadas estrangeiras, surge uma notícia que mostra que infelizmente os nossos dados não estão seguros em lado nenhum. Nem mesmo nos servidores da Apple.
Já devem ter lido que o Departamento de Justiça de Trump secretamente apreendeu os registos telefonicos de jornalistas a trabalhar para o The New York Times, CNN, e The Washington Post, na esperança de descobrir as suas fontes e impedir fugas de informação para a imprensa.
Mas agora sabemos que Trump não ficou por aí. Em 2017 e 2018, forçou a Apple a partilhar metadados sobre pelo menos dois membros democratas do Comite de Inteligência da Câmara, onde se inclui o actual presidente Adam Schiff e representante Eric Swalwell, e outras pessoas vinculadas a esse comite, onde se inclui membros da família e pelo menos uma criança.
A Apple estava, até agora, sob uma ordem de silêncio e não podia revelar esta vergonha até que a ordem expirasse este ano – a única razão pela qual estamos a ler sobre isso agora é porque o Departamento de Justiça do novo governo decidiu revelar as intimações e ordens de silêncio à imprensa .
AsNfontes do New York Times insistem que a Apple forneceu apenas metadados, não fotos ou o conteúdo de e-mails, mas já foi determinado judicialmente que metadados são dados:
Podem descobrir muito sobre um indivíduo se souberem onde, quando e com quem uma determinada pessoa está a falar, principalmente se combinarem isso com outros dados. A quantidade de dados de localização que os smartphones já guardam é suficiente para identificar alguém pessoalmente.
No sábado passado, o Departamento de Justiça prometeu que não iria mais aceder secretamente a dados de jornalistas para erradicar fugas de informação.
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Fundador do Androidgeek.pt. Trabalho em TI há dez anos. Apaixonado por tecnologia, Publicidade, Marketing Digital, posicionamento estratégico, e claro Android <3